Opinião: Quando vai começar o expediente home office da CBF?
Mais uma vez a CBF será driblada e vai atuar a reboque dos acontecimentos e das decisões de outras entidades e até de outros esportes?
Seria recomendável que a entidade que cuida do futebol mais rico e vitorioso da região, mesmo que em esquema de home office, tratasse de se antecipar um pouco, trabalhar um pouco, e pensar no calendário do futebol para o período pós-crise do CORONAVÍRUS.
O calendário não é importante só por si só (é tão óbvio que exclui a necessidade de desenhos), mas para organização de todos os níveis do esporte aqui no Brasil. Da Série A à Série D, do futebol feminino, das categorias de base: toda essa paralisação pode ser uma grande oportunidade de repensar a logística das principais competições do país e também, surpresa, das mais regionais.
A CBF, que em meio à tanta crise segue estampando em seu site o orgulho pelas receitas recordes em 2019, precisa tomar à frente desse processo e se mostrar útil e de fato necessária aos clubes.
Ao se antecipar e montar um calendário possível e decente para fechar 2020 (a partir de agosto, como as previsões mais otimistas dos especialistas apontam para uma relativa normalização das atividades), a CBF pode dar exemplo aos vizinhos que, provavelmente, enfrentarão problemas mais sérios - em relação aos da primeira divisão daqui.
Há quase 3 anos, a CBF tomou um tombo da Conmebol colossal ao ser surpreendida com o anúncio do novo calendário da entidade que esticava as suas competições de clubes pelo ano inteiro. Por causa disso, dias após ter anunciado a sua nova Copa do Brasil, a entidade Brasileira precisou voltar atrás em alguns pontos e teve que mudar a fórmula de disputa (inventando regras diferentes para primeira, segunda e fases seguintes). Por consequência, as federações estaduais tiveram seus Estaduais ainda mais esvaziados. A escala foi exponencial.
Em vez de guardar em gavetas bem limpinhas com álcool as propostas de calendários, repito, a CBF deveria pedir para seus dirigentes trabalharem com afinco em seus escritórios caseiros.
Estamos perdendo tempo. E essa perda de tempo vai tornar ainda mais grave a crise já imposta pela pandemia mundial.
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