Luís Rosa

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Brasil pode fechar ano fora do grupo de vaga direta para Copa de 2026

A passagem do técnico Fernando Diniz à frente da Seleção Brasileira, em jogos oficiais, termina nesta terça-feira, no estádio do Maracanã, com um jogo para lá de complicado. Pela frente, a Argentina, atual campeã do mundo, que vem mordida após perder, em Buenos Aires, para o Uruguai na última rodada das Eliminatórias Sul-Americana.

Com duas derrotas seguidas, Uruguai e Colômbia, o Brasil do interino Fernando Diniz está pressionado, pois, sem muito tempo para montar a equipe e com a ausência de jogadores mais experientes, o treinador não conseguiu impor o seu estilo.

O resultado disso é o risco de deixar o cenário complicado para o provável futuro comandante da Seleção Brasileira, caso a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) confirme a contratação do italiano Carlo Ancelotti.

Depois desta sexta rodada, os jogos classificatórios só voltarão a acontecer em setembro de 2024. Antes, entre 20 de junho e 14 de julho, acontece a Copa América, que será nos Estados Unidos.

Em cinco apresentações, o Brasil só venceu as duas primeiras, contra Bolívia e Peru, os lanternas das eliminatórias. Na sequência, empatou com a Venezuela e perdeu as duas últimas, um recorde negativo. Está na quinta posição com sete pontos.

Uma eventual terceira derrota e combinações de resultados, vitória do Paraguai sobre a Colômbia e um vencedor no duelo Equador e Chile, deixarão o Brasil na sétima colocação na tabela de classificação para as eliminatórias para Copa do Mundo de 2026.

Nesta posição, o Brasil ficará fora da zona de classificação direta para o Mundial. Isso porque, com o aumento de número de participantes de 32 para 48, a América do Sul tem seis vagas e o sétimo colocado encara a repescagem.

Para a Copa do Mundo, cujos anfitriões são Canadá, Estados Unidos e México, a repescagem será com formato inédito. Serão seis países na disputa por duas vagas. As duas seleções mais bem classificadas no ranking da Fifa enfrentarão os vencedores dos confrontos entre os quatro piores ranqueados.

Os representantes da repescagem serão dois da Concacaf, confederação dos anfitriões do Mundial, um da América do Sul, um da Ásia, um da África e um da Oceania.

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É claro que é ser pessimista ao extremo pensar que neste momento o Brasil terá que se preocupar com a repescagem ou, no pior dos cenários, no risco de terminar na oitava colocação e não disputar pela primeira vez uma Copa do Mundo.

Porém, como o Brasil não é favorito neste confronto, fica o sinal de alerta e que a reação comece neste encontro contra os argentinos. Depois, ele terá dois amistosos em março de 2024, contra a Inglaterra e Espanha.

Esse triunfo pode servir como "prêmio de consolação" para Fernando Diniz. Sou um entre tantos que fiquei na torcida para que o treinador desse certo à frente da Seleção Brasileira, mas colocado como "tampão" não teve muito o que fazer a não ser experimentar jogadores jovens.

Diniz também deu munição aos detratores com escolhas duvidosas de atletas que, claramente, não têm perfil para fazer parte do grupo da Seleção Brasileira.

Por ser um treinador jovem e que vem se aperfeiçoando quem sabe no próximo ciclo, para a Copa do Mundo de 2030, Diniz não seja o homem ideal para o cargo.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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