Julio Gomes

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Buraco do Corinthians é mais embaixo, mas debater Cássio é necessário

O Corinthians perdeu para o Juventude por 2 a 0 e, após um empate sofrido em casa contra o Atlético, jogando com um a mais durante todo o segundo tempo, já podemos falar que é um péssimo início de Brasileirão. Alguns dirão até que o duelo contra o Juventude era "de seis pontos", pois é possível que ambos façam um campeonato para não cair.

O Corinthians tem um elenco caro e um time não condizente com este patamar de investimento. Não é mentira que António Oliveira tenha acabado de chegar, que o time tenha sido montado agora e que é preciso dar tempo ao tempo. Mas que as perspectivas não são lá muito boas, não são.

Independente dos problemas em vários setores, há um que o Corinthians precisa endereçar para ontem: Cássio. O goleiro histórico, um dos grandes atletas do Corinthians em todos os tempos (para muitos, o maior), falhou duas vezes contra o Juventude. O primeiro gol saiu de um chute de longe, defensável, e o segundo nasceu em um passe ruim de Cássio para Félix Torres, interceptado por Jean Carlos, o melhor da partida - um gol e uma assistência.

Cássio já tirou o Corinthians de muitas enrascadas nos últimos anos, mas debatê-lo não deveria ser sacrilégio. E só tem sentido por Carlos Miguel, o reserva, é um goleiro muito promissor.

Precisamos rifar Cássio por causa dos erros em Caxias? Eu não faria isso. Faria, sim, uma transição, que pode começar pelas copas. Ou seja, segue Cássio no Brasileiro, mas entra Carlos Miguel na Sul-Americana e na Copa do Brasil. Assim, é possível ver o reserva ser titular em metade da temporada e observar se o cara é mesmo o futuro da posição para o Corinthians. Além de dar um descanso físico e mental para Cássio, que deve estar até com dor nas costas de tanto carregar o time ao longo dos anos.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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