Julio Gomes

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Atlético não joga nada, mas perde de pouco. Simeone é gênio ou covarde?

A Inter de Milão dominou o jogo todo e deveria ter vencido por uma margem grande de gols. Mas foi só 1 a 0 a partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, contra o Atlético de Madrid, no San Siro.

Líder disparada na Itália e atual vice-campeã da Europa, a Inter pode ser vista como favorita no confronto. Se analisarmos os jogadores que formam cada elenco, no entanto, há um tremendo equilíbrio.

Já vimos este filme. O torcedor do Atlético diz que a Champions League é "obsessão", há muitos anos o clube chega ao torneio em condições de superar qualquer um no mata-mata. É bem treinado, sabe se defender e tem material humano para atacar. Às vezes, derruba um grandão. Muitas vezes, cai diante de um não tão grandão. Em comum em todas as vitórias dramáticas, a intensidade de Simeone e a entrega dos jogadores. Em comum em todas as derrotas decepcionantes, a covardia do técnico argentino.

Nesta terça, o Atlético abdicou do jogo. Foi à Itália para empatar e pagou o justo preço ao sair com a derrota. Depois de tomar o gol, atacou e quase empatou. Ficou, de novo, aquela sensação de que era possível ter feito mais, muito mais. No contra ataque, a Inter quase ampliou.

Em Madrid, o Atlético terá a torcida, o ambiente e irá para cima em busca da vitória. Talvez vença e avance, talvez não. O que é Simeone, afinal? Um gênio que sabe exatamente a limitação do time, planeja a derrota mínima (com chance de empate) e a classificação em casa? Ou um covarde que poderia colocar o time mais à frente, jogando com mais coragem, e conseguir os resultados que o elenco pode dar?

Eu confesso que já achei Simeone as duas coisas. Gênio e covarde, besta e bestial. Hoje foi daqueles dias que deixam o torcedor mais do que irritado. A Inter sai de Milão com a vitória e o favoritismo.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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