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Manchester City aprende a sofrer e, afinal, Guardiola quebra o jejum
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Foi uma final do jeitinho que todos haviam previsto. A Inter de Milão se defendeu bem, fechou os caminhos para o Manchester City e dificultou a vida do time de Guardiola. O City, como em outros jogos grandes dos últimos anos, começou a sentir a pressão e ter dúvidas. O adversário, inferior tecnicamente, cresceu e encontrou as chances que precisava. A diferença para outros confrontos é que, desta vez, rolou para o City. O grande herói, quem diria, foi o goleiro.
Faz 15 anos que os sheiks de Abu Dhabi resolveram queimar seus petrodólares em futebol e escolheram o Manchester City, o minúsculo primo do United, como destino. Foram gastos 10 bilhões de reais nestes 15 anos em jogadores e, claro, na contratação do melhor técnico da história, Pep Guardiola. O cara que conseguiu mudar o futebol quando o futebol parecia imutável.
Mas mesmo Guardiola é humano. Ele não vencia a maior competição de clubes desde 2011, havia 12 anos, portanto. Enquanto o City engatinhava com suas primeiras contratações, Guardiola engatinhava como treinador e começava a carreira com duas Champions em três anos.
Pep foi para o Bayern e, depois, para o City. Aprendeu sobre novas maneiras de jogar futebol. Adaptou-se à intensidade incrível que podemos ver nos jogos da Bundesliga e da Premier League. Nesta temporada, sucumbiu ao último conceito que insistia em preservar. Aceitou um centroavante. O melhor da atualidade, Haaland.
O City deste ano é diferente do de outros anos. Um time mais forte, mais alto, mais potente, mais agressivo fisicamente e menos preocupado com a posse de bola e os golaços com linha de passe. Não à toa, o gol do título sobre a Inter foi marcado por Rodri, um volante que é peça fundamental do time. Não à toa, o melhor em campo foi Éderson, um goleiro. O City sofreu. Aprendeu a sofrer. E, afinal, venceu o troféu mais cobiçado.
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