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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Com ou sem Ancelotti, próxima seleção precisa ter Rodrygo no comando

Rodrygo, do Real Madrid, comemora após marcar contra o Osasuna, na final da Copa do Rei - Fermin Rodriguez/Getty
Rodrygo, do Real Madrid, comemora após marcar contra o Osasuna, na final da Copa do Rei Imagem: Fermin Rodriguez/Getty

07/05/2023 04h00

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Rodrygo não é o melhor jogador de futebol do Brasil. Mas é o mais decisivo. Ou, pelo menos, o que melhor joga as partidas decisivas. Tem sido assim no último ano e tanto com a camisa do Real Madrid, como ficou provado novamente ontem, na vitória por 2 a 1 sobre o Osasuna - os dois gols de Rodrygo deram ao Real o título da Copa do Rei da Espanha pela primeira vez desde 2014.

O Real não é um grande papa títulos de Copas do Rei - foi só a terceira neste século. O negócio deste clube é a Liga dos Campeões, e a primeira semifinal contra o Manchester City será na terça-feira. Podem ter certeza que Pep Guardiola estará de olhos bem abertos para Rodrygo. Bola por bola, o City tem mais do que o Real Madrid.

Mas e jogadores decisivos, quem tem mais? Haaland é melhor que Rodrygo? Possivelmente. Mas e na hora H, quem vai aparecer?

O ponto é que Rodrygo, com 22 anos, vestiu até hoje só três camisas. As três mais poderosas da história do futebol: Santos, Real Madrid e seleção brasileira. Ele não sentiu nem um grama do peso dessas camisas. Tite meio que percebeu isso às vésperas ou entrando na Copa, mas já não dava mais tempo de fazer de Rodrygo um protagonista - e o técnico nunca gostou do grande companheiro de Rodrygo, Vinícius Júnior.

Eu não sei se Carlo Ancelotti será o próximo técnico da seleção. Se for, fica fácil, pois o cara já percebeu lá no Real Madrid o poder de decisão deste talento. Meu palpite é que não será o italiano. Mas, sendo Ancelotti ou sendo qualquer outro, é importante a gente nunca perder de visto o seguinte fato: o que importa para a seleção é a Copa do Mundo.

E, na Copa, são dois ou três ou quatro jogadores decisivos, definidos nos detalhes, em que o poder de decisão dos executores é fundamental. Não há executor mais confiável do que Rodrygo hoje.

A próxima seleção brasileira precisa ter Rodrygo e mais 10. Ou Rodrygo, Vini Jr no papel de escudeiro e provedor - não de estrela máxima - e mais 9. Esqueçam Neymar. O resto do time vai ser bom - sempre é. O que tem faltado é gente para bater no peito na hora H. Agora temos Rodrygo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL