Topo

Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Última rodada com reservas dá a letra para Fifa ajustar regulamento de 2026

Cristiano Ronaldo no banco de reservas após ser substituído na partida entre Portugal e Coreia do Sul, pela Copa do Mundo do Qatar - James Williamson/Getty
Cristiano Ronaldo no banco de reservas após ser substituído na partida entre Portugal e Coreia do Sul, pela Copa do Mundo do Qatar Imagem: James Williamson/Getty

02/12/2022 16h04

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Inicialmente, a Fifa queria que a Copa com 48 seleções - assim será a partir de 2026 - tivesse, no regulamento, 16 grupos com 3 países. Passariam os dois primeiros e haveria uma fase eliminatória a mais (16 avos de final). Mas todos sabemos como são grupos assim, sempre há a possibilidade de o terceiro jogo ter um resultado estranho ou uma dinâmica condicionada pelo que precisarão os países envolvidos.

Durante a semana, vazou a notícia de que a Fifa estaria pensando em duas possibilidades. Uma, que certamente geraria muitos debates, seria uma disputa de pênaltis após os empates. Outra, formar 12 grupos com 4 países - sem explicar muito como seria isso.

Creio que o que aconteceu na última rodada da fase de grupos da atual Copa do Mundo já dá a letra para a Fifa. As seleções classificadas ou quase classificadas mandaram times reservas ou mistos a campo. Será que a Tunísia venceria a França titular? O Japão ganharia da Espanha? E a Coreia ganharia de Portugal? O fato é que houve um distorção esportiva, em função do equilíbrio do futebol de hoje em dia e a falta de competitividade de quem já tinha somado pontos.

Em uma Copa com 12 grupos de 4 países, classificariam-se os dois primeiros. Porém, os oito melhores primeiros colocados ganhariam vaga direta nas oitavas de final. Já os quatro piores primeiros colocados e os segundos colocados fariam uma eliminatória a mais, para saber quem avançaria às oitavas. Isso significaria mais empenho em busca da máxima pontuação na fase de grupos.

Sim, essa opção envolve a criação de uma fase a mais, seriam mais jogos, os clubes não iriam gostar muito. Os organizadores teriam mais trabalho e gastos, mas são três países e 16 sedes - cabe. A Fifa ficaria mais rica. Enfim, é óbvio que são decisões que passam longe de serem simples, mas esportivamente seria melhor para a Copa, já que cometeram o "crime" de aumentar tanto o número de participantes.