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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Equipes se preparam para enfrentar onda de calor; veja horários da F1

Max Verstappen chega ao circuito de Paul Ricard nesta quinta acompanhado do empresário, Raymond Vermeulen - Clive Rose/Getty Images
Max Verstappen chega ao circuito de Paul Ricard nesta quinta acompanhado do empresário, Raymond Vermeulen Imagem: Clive Rose/Getty Images

Colunista do UOL

21/07/2022 10h14

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Montaram uma praia artificial no paddock de Paul Ricard, com areia, tendas e espreguiçadeiras. Não tem mar, mas o sol está garantido. Será um oásis de descontração em meio às enormes preocupações das equipes com os efeitos do calor neste fim de semana.

A Europa passa por um verão inclemente. Na quarta-feira, a temperatura chegou a 47°C em Portugal. Superou os 40°C na Inglaterra. Na França, o cenário é mais grave na região sudoeste, com incêndios próximos a Bordeaux e moradores deixando suas casas. À agência de notícias France Presse, meteorologistas descreveram a situação como um "apocalipse de calor".

No sudeste do país, região de Marselha, onde fica Paul Ricard, houve apagões de energia elétrica nesta semana _cabos subterrâneos não suportaram as altas temperaturas. A previsão para o domingo é de 35°C. No asfalto, sabe-se lá. Deve chegar aos 50°C.

Um ponto importante, e que diferencia o calor europeu daquele que enfrentamos no Brasil, é a umidade relativa do ar. Nos próximos dias, não deve superar os 24% na área do circuito. É um nível de alerta para os padrões da Organização Mundial de Saúde. Prejudica a respiração, afeta a hidratação do corpo e pode afetar os equipamentos nos boxes e na pista.

Todo esse pacote deve manter os engenheiros distantes da tal praia artificial. Há muito trabalho pela frente, principalmente para entender o comportamento dos pneus e para tentar ao máximo resfriar os componentes mais sensíveis ao calor, sejam mecânicos ou eletrônicos.

"O desafio será conseguir o melhor desempenho dos pneus e das unidades de potência. E meu time terá de buscar os melhores caminhos para enfrentar esse calor", explicou Diego Tondi, chefe do Departamento de Aerodinâmica da Ferrari. "Teremos com uma configuração de resfriamento máximo, usando as aberturas da carenagem, e vamos trabalhar com os dutos de freios para maximizar o resfriamento das rodas e amenizar a temperatura dos pneus."

O trecho da reta Mistral, mesmo violentado pela chicane implantada para a F1, deve ajudar nesse trabalho de ventilação. Os freios em princípio não são uma preocupação, já que não há pontos fortes de frenagem no traçado.

As estratégias de corrida também podem ser afetadas. No ano passado, Verstappen ganhou fazendo dois pits. Na corrida anterior por lá, em 2019, Hamilton venceu com só uma parada, na 24ª das 53 voltas. Parece missão impossível agora, mesmo num asfalto pouco abrasivo.

O heptacampeão, aliás, voltará aos holofotes neste fim de semana, mesmo que a Mercedes não ande na frente. Será merecido: em Paul Ricard, ele completará seu 300º GP na F1.

Entrará para um clube seleto. E vai escalar ainda mais posições neste ano. Nos EUA, em outubro, chegará a 307, superando Schumacher e Button. No ano que vem, vai superar os 322 GPs de Barrichello e ficará atrás apenas de Raikkonen (349) e Alonso _hoje com 344 e que vai se tornar o recordista absoluto em Singapura.

E vamos com a programação completa do GP da França, no traço fino do Pilotoons...

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Programação do GP da França
Imagem: Pilotoons