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Diego Garcia

REPORTAGEM

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Justiça determina busca por Marcelinho Carioca em rádio e na Grande SP

Colunista do UOL

03/03/2023 04h00Atualizada em 03/03/2023 12h45

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Com dificuldades para encontrar Marcelinho Carioca, o Poder Judiciário de São Paulo determinou que oficiais de Justiça busquem Marcelinho Carioca em uma rádio de Guarulhos e na cidade de Itaquaquecetuba, ambas na Região Metropolitana de São Paulo, onde o ex-jogador era secretário de esportes. Ele é procurado há mais de um ano e meio por uma dívida feita com um hospital.

Claudia Ferreira, que diz que era advogada de Ronan Maria Pinto, ex-presidente da empresa que administrou o Santo André por seis anos — a Saged (Santo André Gestão Empresarial Desportiva Ltda), acusa Marcelinho de não ter pagado a internação da mãe dele, que morreu em 2009, para o tratamento de um câncer. Ela afirma ter arcado com todos os custos e cobra R$ 123 mil do ex-jogador.

No último dia 10 de fevereiro, a Justiça de Santo André publicou ofício solicitando que qualquer Oficial o busque no endereço da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba ou no gabinete do prefeito local.

O ídolo do Corinthians, porém, deixou o cargo no último mês de janeiro, razão pelo qual não deve ser encontrado por lá.

Já em outra petição publicada no mesmo dia, a 5ª Vara Cível de Santo André solicitou que o ex-atleta seja procurado no endereço da Rádio Top FM, em Guarulhos, onde Marcelinho participava de um programa de esportes. A determinação é que ele pode ser encontrado de segunda a sexta, entre 17h e 20h.

Em outubro de 2022, a mulher que abriu o processo contra o ex-jogador disse à Justiça que Marcelinho possui o hábito de se esquivar das intimações e citações judiciais. Na ocasião, ela citou um processo de 2007 que ainda tenta encontrar o ídolo corintiano.

A coluna também teve dificuldades para encontrar Marcelinho e pedir sua versão dos fatos. Nos números informados como dele ou de gente de seu estafe, ninguém respondeu ou atendeu. A reportagem será atualizada caso o ex-atleta queira se manifestar.

Entenda o processo

Claudia Ferreira diz que atendia os clientes de Ronan Maria Pinto e resolvia suas questões particulares e de terceiros ligados a ele, sem receber extra por isso. Entre essas pessoas estava Marcelinho, que defendeu o Santo André no fim da carreira, de 2007 a 2009.

A advogada alega que Ronan pediu para transferir a mãe do ex-jogador para o Hospital Sírio-Libanês, já que seu estado de saúde tinha se agravado. Na época, Sueli estava internada no Hospital do Câncer.

Segundo a advogada, Marcelinho estava em concentração e não podia acompanhar a mãe doente. Assim, Ronan pediu que ela resolvesse a situação, assinando contratos médicos como avalista e bancando o atendimento emergencial.

Após a morte de Sueli, Claudia diz ter ficado com todos os custos médicos sob sua responsabilidade. Assim, foi acionada na Justiça pelo Hospital Sírio-Libanês e condenada a pagar por todo o tratamento realizado.

Então, no ano passado ela decidiu ir à Justiça alegando que arcou com as despesas do tratamento da mãe de Marcelinho e cobrando R$ 123 mil do ex-jogador.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado no texto, Itaquaquecetuba não é interior de São Paulo, e sim Região Metropolitana de São Paulo. O erro foi corrigido.