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Diego Garcia

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REPORTAGEM

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Globo paga R$ 1,7 milhão e alivia dívida do Corinthians com sindicato

Telão da Neo Química Arena exibe escalação do Corinthians contra o Juventude - Nathalia Costa/UOL Esporte
Telão da Neo Química Arena exibe escalação do Corinthians contra o Juventude Imagem: Nathalia Costa/UOL Esporte

Colunista do UOL

27/07/2022 13h10

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A Globo cumpriu ordem judicial e depositou R$ 1,7 milhão para pagar uma dívida do Corinthians com a Faap (Federação das Associações de Atletas Profissionais), espécie de sindicato de atletas que cobrava percentuais salariais dos jogadores do clube.

Como entidade de assistência social, a Faap tinha por lei o direito a percentuais de salários e transferências. Entretanto, desde janeiro de 2021 a obrigatoriedade do pagamento não existe mais, o que levou a federação a acelerar os processos judiciais para receber por transferências feitas até dezembro de 2020.

Com o pagamento, a emissora praticamente liquidou um dos débitos do Corinthians com a federação. Para encerrar a ação, resta um pagamento de R$ 386 mil, que o Corinthians combinou com a Faap de pagar em até 10 vezes mensais, a partir do próximo mês de agosto. No acordo inicial, que havia sido feito no início de julho, o clube teria que desembolsar R$ 2,1 milhões.

As dívidas com a Faap são uma das maiores causas de dor de cabeça às contas bancárias do time alvinegro nos últimos meses, com diversas penhoras de créditos do clube.

No total, a federação de atletas cobra mais de R$ 5 milhões do clube alvinegro nos tribunais paulistas, em processos que já tiveram desfechos negativos ao Corinthians. Os processos do sindicato contra a equipe alvinegra são maioria no pedido de centralização de dívidas feito pelo clube à Justiça de São Paulo: 6 das 17 ações listadas pelo Corinthians são da Faap.

A maior cobrança individual é de R$ 2 milhões, referente a 1% dos contratos dos atletas profissionais do clube pelo período de 2006 a 2011. Em maio, a Justiça de São Paulo determinou pagamento da quantia pleiteada pela federação.

Nas outras quatro ações, o débito chega a R$ 1 milhão. Os valores são referentes a percentuais de salários de atletas e também das transferências de Gustavo Henrique (Jeonhuk Hyundai/COR), Pedro Henrique (Athletico-PR), Carlos Augusto (Monza/ITA), Júnior Urso (Orlando/EUA) e Clayson (Bahia).