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Embaixada no Qatar providencia guia de boas condutas a brasileiros na Copa
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O Itamaraty, em parceria da embaixada do Brasil no Qatar, está preparando um guia para orientar os torcedores brasileiros que forem à Copa do Mundo deste ano, com previsão de disputa entre novembro e dezembro.
A informação foi confirmada à coluna pela embaixada em Doha. Eles apontaram que devem lançar em breve um "Guia do Torcedor", com o intuito de trazer aspectos da legislação e costumes no Qatar. Procedimentos migratórios, dicas de idioma, moeda, entre outros pontos estarão no manual, que vai ter o objetivo de preparar o viajante brasileiro para o Mundial em 2022.
O Catar já realizou trabalho parecido em 2019, quando divulgou um manual para orientar os flamenguistas que foram acompanhar o Mundial de Clubes daquele ano. Os quase 10 mil rubro-negros em Doha fizeram a festa e deixaram lições para o guia que está sendo produzido agora.
A exemplo do que foi feito no guia do Mundial 2019, o material deve focar nas leis locais, para evitar que brasileiros sejam detidos por autoridades do país-sede. Andar sempre com o passaporte em mãos é uma das dicas. O guia deve trazer vários tipos de infrações que poderiam levar os visitantes à cadeia, como insultar Alá, ofender o Alcorão ou a religião islâmica, que podem render até 7 anos de prisão.
Outro ponto importante será referente às bebidas alcoólicas, proibidas no país. Elas serão permitidas nas fan zones, além de bares, boates e restaurantes com licença para isso, normalmente localizados em hotéis cinco estrelas. Beber na rua pode render seis meses de prisão e multa de aproximadamente R$ 5 mil. Bebidas adquiridas no Duty Free também não devem ser permitidas, assim como fogos de artifício e vários tipos de analgésicos.
No caso de narcóticos e substâncias psicotrópicas, a importação, posse, aquisição, compra, recebimento ou transporte sem autorização legal equivalem a até 5 anos de cadeia, com multa que pode checar a R$ 150 mil; Cânticos, gestos ou palavras obscenas em locais públicos, por exemplo, podem render até seis meses de reclusão e multa perto dos R$ 5 mil; Ofender uma mulher ou violar sua privacidade prevê pena de até um ano recluso, com multa de aproximadamente R$ 7,5 mil; Prostituição ou exploração como meio de vida pode render até 10 anos de cadeia ao estrangeiro envolvido.
O guia ainda deve explicar, por exemplo, que o brasileiro deve respeitar que as sextas-feiras são sagradas no Islã e considerada um dia de final de semana, ao lado dos sábados. Também vai incentivar os brasileiros a utilizarem o metrô em vez de Uber, por exemplo. O manual vai servir para evitar situações desrespeitosas como as ocorridas na Rússia, quando brasileiros foram flagrados em atitudes machistas contra mulheres locais.
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