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Com apartamento leiloado, Ronaldo diz à Justiça estar na miséria
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Em processo por pagamentos atrasados do condomínio de um apartamento na zona leste de São Paulo, o ex-goleiro Ronaldo Giovanelli, ídolo do Corinthians e comentarista da TV Bandeirantes, disse ao juiz estar enfrentando dificuldades financeiras que o deixaram na miséria.
A alegação foi feita em recurso de apelação enviado à Justiça no fim do ano, quando os advogados de Ronaldo tentavam questionar o leilão de um imóvel. Nesta terça, a coluna de Rogério Gentile, no UOL, revelou que o tribunal autorizou o arrombamento com força policial do apartamento, de modo a garantir sua entrega ao vencedor de um leilão realizado no ano passado.
"Atualmente, o embargante [Ronaldo] encontra-se em condição de penúria (condição de pobreza em excesso, estado de miséria, segundo o dicionário) financeira, não tendo condições de custear quaisquer importes relativos às custas processuais", alegaram os representantes do ex-goleiro —ele tenta conseguir a concessão de Justiça gratuita na ação movida pelo condomínio.
Ronaldo Giovanelli colocou em pauta o contexto de pandemia para justificar as condições econômicas, de modo que não teria como custear o processo "sem comprometer sua própria subsistência, assim como de sua família", segundo alegou o ex-goleiro.
"Como fora declarado na declaração anexa ao processo, sob as penas da lei, onde como prestador de serviços, diante do estado pandêmico que assola o País, comprometendo a economia nacional e a sabida falta de trabalho, para que possa custear suas mais básicas necessidades e de sua família, faz com que o ora embargante não tenha condições financeiras para custear tais importes, vindo, assim, requerer lhe sejam concedidos os benefícios da Justiça Gratuita", escreveram os advogados do ex-atleta.
A apelação foi contestada pelo condomínio Ônix, que lembrou o fato de Ronaldo ser um conhecido ex-goleiro do Corinthians e ainda contratado na pessoa jurídica em dois programas, sendo um de rádio (Transamérica) e outro de televisão (Bandeirantes).
Além disso, o condomínio menciona que Ronaldo tem perfis nas redes sociais que indicam o oposto sobre sua situação econômica, com viagem internacional à Disney e fotos no castelo da Cinderela. Ainda lembrou que várias decisões anteriores rejeitaram a gratuidade processual.
A pandemia também foi usada por Ronaldo para questionar a avaliação do imóvel leiloado, já que a ordem judicial teria acontecido "em momento crucial pandêmico", "contrariando totalmente o isolamento social, colocando em risco a vida de idosos". Ele anexou decisões do STF para embasar a alegação.
Segundo o condomínio, Ronaldo deixou de pagar dez anos de parcelas do imóvel, o que resultaria numa dívida de R$ 169 mil, em valores de maio de 2019. O apartamento foi comprado pelo ex-goleiro em 1991, quando ainda defendia o Corinthians. Ele alega que não recebeu os boletos e questiona assembleias de reajustes de valores.
De acordo com a coluna de Rogério Gentile, o ex-atleta questionou ainda a perícia que avaliou o apartamento em R$ 950 mil. Segundo ele, o valor correto seria de R$ 1,5 milhão. No leilão, o imóvel foi arrematado por cerca de R$ 613 mil. O valor arrecadado será utilizado para o pagamento da dívida com o condomínio. A diferença será devolvida ao ex-atleta.
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