Diniz dá baile em Vitor Pereira e deixa clima insustentável no Flamengo

Seria a maior surpresa do futebol brasileiro nos últimos anos se Vitor Pereira ainda fosse o técnico do Flamengo amanhã (10). O português tomou um baile de Fernando Diniz na estratégia para o segundo jogo da final do Campeonato Carioca e só não é demitido ainda hoje por puro milagre. Perder de 4 a 1 depois de abrir 2 a 0 é marcante demais para passar batido.

Ainda mais no Flamengo, um time onde nem ser campeão basta. Tem que ganhar e ganhar dando show. Lembremos: Dorival Júnior e Rogério Ceni deixaram os seus cargos mesmo com taça na bagagem. Imagina o que não ganha e chega a abril com todas taças disputadas perdidas?

A diretoria pode até sustentar os protestos virtuais, mas não resiste à força da arquibancada e vai ter que pagar os R$ 15 milhões da multa rescisória. Mais um erro de gestão de Landim, Braz e companhia que acumula milhões gastos para mandar suas apostas no comando para a rua.

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Tudo o que faltou para Vitor Pereira sobrou para Fernando Diniz. O lateral esquerdo Alexsander voltou às origens e jogou no lugar do meio-campista Martinelli, que foi desfalque por lesão, com Felipe Melo jogando de zagueiro. Duas alternativas que deram muito certo, inclusive com o veterano indo muito bem atuando mais recuado e com o lateral balançando as redes. Sem falar em Marcelo, que continuou como titular e fez um golaço.

Do outro lado, o Flamengo até tentou mudar a sua linha de três zagueiros que se mostrou segura em pouquíssimas ocasiões, tirou novamente Gabigol, que não fez uma boa partida e viu Matheus França ameaçar uma reação, mas que logo foi neutralizada com a substituição de Diniz ao sacar Felipe Melo. Vitor Pereira tem culpa como qualquer técnico teria nessa situação, mas também é verdade que nomes badalados como David Luiz, Arturo Vidal e Gerson não estão jogando nada há um tempo.

Fernando Diniz enfim ganha o seu primeiro título relevante como técnico e afasta o questionamento que o acompanha nos últimos anos de não conseguir ser campeão. Se na ida ele perdeu a cabeça e foi expulso de maneira justa, hoje, mesmo fora do banco, mereceu ter o nome gritado pela sua torcida. Não só pelas soluções para o jogo de hoje, mas também por maximizar atletas que são bons, mas que vivem a sua melhor fase sob seu comando.

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