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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Após tanta discussão, final da Copa América vai ser maior que a da Eurocopa

Neymar e Lionel Messi conversam durante Brasil x Argentina disputado em 2016, pelas Eliminatórias da Copa de 2018 - AFP PHOTO / EVARISTO SA
Neymar e Lionel Messi conversam durante Brasil x Argentina disputado em 2016, pelas Eliminatórias da Copa de 2018 Imagem: AFP PHOTO / EVARISTO SA

Colunista do UOL

07/07/2021 04h00Atualizada em 07/07/2021 20h31

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Nos últimos dias, acostumamos a ver constantes comparações entre Eurocopa e Copa América. É inegável que o torneio no Velho Continente tem tudo para ser melhor em praticamente todos os quesitos: gramado, público, VAR, arbitragem, qualidade média das partidas... Mas, quando a discussão é a final, a vantagem fica para o nosso continente.

A decisão entre Brasil e Argentina vai colocar em campo tradição, história, peso, confrontos individuais e uma rivalidade incomparável. Mesmo que a Inglaterra tenha eliminado a Dinamarca na semifinal e faça uma grande final com a Itália, o confronto sul-americano é muito maior.

O ponto de partida é o encontro entre Neymar e Messi. O duelo entre os ex-companheiros de Barcelona vai acontecer com as camisas das seleções pela primeira vez desde 2016. De lá para cá, os dois países se enfrentaram quatro vezes e sempre um deles esteve fora. Não há na Eurocopa nenhum encontro individual deste calibre.

São dois que estiveram na última década no noticiário como candidatos aos melhores do mundo, com o argentino, aliás, com a chance de voltar a ser dono deste posto agora, e com o brasileiro sonhando com o feito, mesmo que de longe. É também o primeiro encontro entre eles em uma decisão desde a final do Mundial de Clubes quando Neymar ainda estava no Santos.

Além disso, o mundo reconhece que o confronto entre brasileiros e argentinos está entre os mais importantes do futebol de seleções de todo o mundo. Está em jogo uma fila de 28 anos dos hermanos, com Messi querendo se livrar do estigma de nunca ter conquistado nada em nome do seu país.

Do outro lado, há a tradição de o Brasil ser sempre o campeão quando é sede de Copa América, com Tite querendo mostrar a todos que nem só de vitórias contra "seleções menores" vive o recorde dele de invencibilidade. Nos últimos encontros em partidas oficiais, a Amarelinha comandada pelo gaúcho levou a melhor com atuações impressionantes: uma vitória convincente na semifinal da Copa América de 2019, no Mineirão, e um 3 a 0 no Mineirão, pelas Eliminatórias da Copa de 2018.

Ao mesmo tempo, das quatro derrotas em cinco anos que Tite tem no comando, duas delas são para a Argentina, em dois amistosos, é verdade, mas com os números verdes e amarelos, esse pode ser considerado um feito relevante.

São sete títulos de Copa do Mundo e um encontro que verdadeiramente justifica o ditado que tanto é falado na Europa nos últimos dias: "football is coming home". O futebol está vindo para casa. E a casa é o Maracanã, com uma final entre Brasil e Argentina.

Uma pena que uma sucessão de erros do Governo Federal na hora de conter a pandemia e comprar vacinas faz o Templo do Futebol estar vazio para receber esse duelo de gigantes.

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