Mudanças após eleição são principais ameaças ao título do São Paulo
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É completamente normal imaginar que o São Paulo passará por mudanças após a eleição para presidente que escolheu Julio Casares. Mas é importante entender que sucessor de Leco terá a responsabilidade de fazer essa transição com calma e que qualquer erro nesse sentido é a principal ameaça ao título do Brasileirão que fica mais próximo a cada rodada que passa.
Casares precisa se basear em questões técnicas para fazer a mudança e não se guiar por princípios políticos. O futebol de hoje não dá mais espaço para dirigentes que fazem escolhas apenas para agradar a um grupo de 50 ou 60 pessoas que, muitas vezes, pensam mais no próprio umbigo do que no bem do clube. Não faz sentido mudar por mudar apenas para agradar a alguns conselheiros.
Fernando Diniz errou bastante na sua passagem, assim como os dirigentes Raí e Alexandre Pássaro. Mas depois de eliminações vexatórias como a do Paulistão diante do Mirassol ou até na Libertadores ainda na fase de grupos, o time parece ter encontrado seu melhor jeito de atuar.
O treinador, aliás, fala a pessoas próximas que o fato de ele ter resistido a toda essa turbulência lhe fortaleceu e deu mais "casca" para o seu elenco. Hoje, o São Paulo tem sete pontos de vantagem na liderança, a melhor defesa e o segundo melhor ataque do Brasileirão. Faz sentido mudar a estrutura agora, a 14 jogos do fim do Nacional?
Aparentemente, Casares afirmou que Diniz merece continuar. E no restante do departamento de futebol? Em sua última coletiva de imprensa, o técnico ressaltou a importância de Raí e de Pássaro e de toda a sua comissão técnica. Reiterou que é importante demais que os dois continuem. Ambos foram os principais escudos do comandante durante toda a turbulência e perdê-los agora poderia significar um desgaste necessário com o elenco.
O comandante ainda citou outros departamentos, desde a fisioterapia até a comunicação, desde o roupeiro até o financeiro. Em um momento em que tudo finalmente parece dar certo, não faz sentido o eleito chegar e mudar para passar recado. A decisão precisa ser técnica e não política.
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