Topo

Danilo Lavieri

Sem vaga na D, Água Santa tem ano incerto; Toninho Cecílio se diz destruído

Toninho Cecílio comanda o Criciúma durante a partida diante do São Paulo em 2014 - Fernando Ribeiro/Site oficial do Criciúma
Toninho Cecílio comanda o Criciúma durante a partida diante do São Paulo em 2014 Imagem: Fernando Ribeiro/Site oficial do Criciúma

Colunista do UOL

28/07/2020 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Às pressas quando soube que o futebol ia voltar, o Água Santa contratou Toninho Cecílio para comandar a equipe. Substituto de Pintado, que foi para o Juventude, o treinador chegou a Diadema com a possibilidade de classificar o time para o mata-mata do Estadual e garantir o calendário com uma vaga na Série D de 2021. O sonho deu lugar à decepção: o time não só perdeu as duas vagas, como foi rebaixado no Paulista no último domingo.

Em entrevista ao blog, o ex-zagueiro, que foi revelado pelo Palmeiras, relatou as incertezas do seu futuro e do grupo de jogadores que não sabe o que será do restante da temporada. Vários deles foram chamados em cima da hora para compor um elenco que perdeu peças por conta das mudanças de datas do Estadual com a paralisação da pandemia.

"Foi um ambiente de tristeza. Eu fiquei muito emocionado ontem, porque o treinador tem muita responsabilidade. Eu posso te falar que fiquei destruído. É assim que eu posso definir. O jogo estava caminhando certinho, como o planejado. E depois ainda vimos que foi erro de arbitragem. No vestiário foi um ambiente muito pesado, ninguém falava com ninguém. Era um silêncio absoluto", explicou o técnico que também já assumiu cargos de gestão de outras equipes

"Aceitei o convite de última hora porque já tinha trabalhado lá e sei que todos dão o máximo de condição para trabalhar. Foi um ano atípico, um Paulista que eu poderia terminar campeão e eu conhecia o grupo de atletas. A diretoria deu recurso, dentro do limite deles, claro, e não tinha porque não aceitar", completou.

Toninho e vários outros atletas tinham contrato só até o término do Paulista. Conforme a equipe fosse avançando de fase, eles renovavam o vínculo. Rebaixado no Estadual, a equipe também perdeu a vaga na Série D. Como ainda há indefinição sobre a realização da Copa Paulista pela FPF (Federação Paulista de Futebol), é possível que os jogadores fiquem sem clube pelo resto da temporada.

"Tínhamos vínculo do Paulista. Não sei da condição de todos os contratos dos jogadores, mas o que têm um vínculo maior do que esse ano, devem ser emprestados ou até disputar a Copa Paulista, caso ela aconteça. Eu ainda não sei o meu futuro, alguns jogadores também não. Nós ainda não tivemos uma reunião com a diretoria, porque está todo mundo muito chateado. Mas a Série D era o grande objetivo do clube, porque teríamos calendário o ano todo. Eu gostaria de continuar, mas não tenho nada engatilhado no momento", explicou o treinador.

"Acho que o campeonato que tinha que voltar era mesmo o Paulista. Se falassem que iam adiar mais três meses em nome da saúde, tudo bem. Não se discute o que é prioridade entre saúde e economia. Mas do jeito que voltou acho que foi tudo muito certo, com protocolo rígido e dando segurança a todos", finalizou.