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Allan Simon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Luis Roberto está pronto para seleção na Globo, mas merecia jogos melhores

Luis Roberto agora é o principal nome da narração na Globo após a saída de Galvão Bueno - Reprodução/TV Globo
Luis Roberto agora é o principal nome da narração na Globo após a saída de Galvão Bueno Imagem: Reprodução/TV Globo

Colunista do UOL

20/06/2023 18h07

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Os primeiros jogos de Luis Roberto como o titular da narração da seleção brasileira na Globo mostraram um profissional pronto para a missão de ser a "voz" do Brasil neste próximo ciclo até a Copa do Mundo de 2026, principalmente considerando o peso de ser a primeira após a saída de Galvão Bueno da função na maior emissora do país.

Nos duelos do Brasil contra Guiné e Senegal, no último sábado (17) e hoje, Luis Roberto conduziu bem as transmissões e até mesmo teve a oportunidade de pautar o noticiário com a informação dada no ar ainda no primeiro jogo sobre a CBF já dar como certo o acordo com o técnico italiano Carlo Ancelotti para assumir a seleção.

O narrador até viveu um pouco a função de "corneta" do antecessor em alguns momentos, opinando a respeito do rendimento da seleção em campo, além do processo de escolha do treinador.

Foi terrivelmente difícil, porém, a missão de seguir os ensinamentos de Galvão Bueno sobre narrador ser um "vendedor de emoções". Luis Roberto tentou e seu esforço foi notável, por vezes até acima do necessário diante da Guiné, mas os jogos não ajudaram em quase nada, exceção feita a pouco mais de meia hora no segundo tempo do duelo de hoje contra os senegaleses.

No geral, foram amistosos sonolentos para o torcedor da seleção brasileira, um time que deixou bem claro em campo o quanto está em transe à espera da sucessão oficial de Tite, situação da qual só despertou ao se ver perdendo por 3 a 1 para Senegal no começo do segundo tempo, sem conseguir evitar a derrota no final por 4 a 2.

Não foram as primeiras vezes de Luis Roberto no comando de transmissões da seleção brasileira, já que no passado ele atuou nessas partidas na ausência de Galvão Bueno, em revezamento com o então colega Cleber Machado, especialmente durante a pandemia.

Até por isso a experiência já vinha com uma bagagem acumulada, mas o "peso" da titularidade e o clima de período "pós-Galvão" poderiam ter provocado algum sobressalto. Nada disso. O narrador foi o mesmo de sempre. Espera-se que tenha logo a oportunidade de comandar transmissões de jogos muito melhores, pois já provou que merece.