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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Copa do Brasil e Libertadores: ruim com o VAR, pior sem ele

Jogadores do Vila Nova reclamam com Rodolpho Toski Marques após marcação de pênalti para o Fluminense - ALEXANDRE DURÃO/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Jogadores do Vila Nova reclamam com Rodolpho Toski Marques após marcação de pênalti para o Fluminense Imagem: ALEXANDRE DURÃO/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

20/04/2022 14h11

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Ontem, como em quase todas as noites em que há futebol, um time foi prejudicado pela arbitragem. O pênalti que originou o primeiro gol do Fluminense, quando o Vila Nova vencia por 2 a 0, não tem justificativa.

O recurso malandragem segue vastamente utilizado por aqui.

Já o recurso aplicado com bem menos habilidade por aqui, o VAR, não estava disponível.

Paulo Henrique Ganso, que nada tinha a ver com o pato, marcou e o Fluminense acabou por virar a partida, vencendo por 3-2, com mais dois tentos assinalados aos 26 e 42 minutos do segundo tempo.

Assim como na Libertadores, não existe isonomia na Copa do Brasil. Quem disputa até a terceira fase, não conta com o árbitro de vídeo para dirimir as dúvidas mais cruciais.

Claro, é possível que o VAR também errasse a marcação do pênalti ou revertesse outras decisões. É impossível afirmar categoricamente que ele teria beneficiado o Vila Nova ou, ao menos, não atrapalhado.

Se estivesse à disposição, porém, ofereceria ao Vila Nova o princípio básico do esporte, mencionado anteriormente: a isonomia. Garantir condições iguais para todos. Ainda que esta condição igual seja uma arbitragem ruim.

No momento em que a tecnologia só é oferecida em fases mais avançadas, a vaca foi pro brejo. E possivelmente a vaga de alguém também.

(O Cruzeiro, aliás, também está reclamando dos dois gols do Remo, que venceu a equipe mineira por 2 a 1, no Baenão.)

O Vila Nova estava conseguindo um resultado dificílimo contra uma equipe mais forte. Claro, poderia ter perdido do mesmo jeito, independentemente das falhas do apito. E pode ainda garantir a vaga, no jogo da volta, no Serra Dourada.

Futebol não é ciência exata. Mas a decisão da CBF (e da Conmebol) de economizar no uso do recurso que teoricamente chegou para tornar o futebol mais equânime, conseguiu fazer exatamente o oposto: deixá-lo mais injusto.

Parabéns aos envolvidos e meus pêsames aos afetados.