Duelo de gerações: veterano Hopkins pega o invicto Pavlik

São 17 anos de diferença. E o jovem norte-americano Kelly Pavlik, de 26 anos, já avisou que não quer apenas nocautear Bernard Hopkins. Para Pavlik, o duelo da noite deste sábado, em Atlantic City, será o último na carreira do veterano de 43 anos.

Mesmo com a pouca idade para um pugilista profissional, ele está invicto após 34 vitórias, sendo que nocauteou 30 de seus rivais (sete no primeiro assalto). Mais do que isso, Pavlik é campeão mundial dos pesos médios por duas das maiores entidades do boxe, o Conselho (CMB) e a Organização Mundial de Boxe (OMB). Mas desta vez não os colocará em disputa.

Hopkins vem de derrota. Contra um adversário perigoso como o que terá, mais jovem e com mais energia, terá a chance de mostrar que ainda tem lenha a queimar e que pode voltar a ser campeão. O veterano tem um cartel com 48 vitórias e cinco derrotas e foi um dos lutadores mais vitoriosos entre os pesos médios. Tanto que, entre 2004 e 2005, reinou absoluto: deteve quatro cinturões, os do CMB e OMB, além da Organização Mundial e da Federação Internacional de Boxe.

Foram apenas duas lutas no topo máximo. Depois disso, perdeu os cinturões e partiu para mais um desafio. Subiu para os meio-pesados e conquistou duas vitórias. No entanto, nas últimas cinco lutas Hopkins perdeu três delas. Para Pavlik, isso indica mais um nocaute no seu currículo.

"Bernard é uma lenda", elogiou ele, que mais uma vez partirá para o ataque. "E quero que meu legado seja tão grande quanto o dele". Hopkins também é conhecido pela agressividade. Em suas cinco derrotas, nunca foi nocauteado e conheceu a lona apenas duas vezes.

"Tem muita gente preocupada comigo, mas estou bem", garante Hopkins, profissional desde 1988. "Não sou um tonto, sei calcular meus passos. Sou daquele tipo de gente que gosta de grandes riscos. Vou ganhar esta luta e mostrar para todos que ainda sou o maior."