Em evento com bomba caseira, Lula usou colete à prova de balas

A segurança de Lula é assunto de primeira ordem na pré-campanha. Hoje, em um evento na praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro, o ex-presidente usou colete à prova de balas. No mesmo ato, uma bomba caseira foi jogada contra o público.
Era possível observar o colete por baixo da blusa utilizada por Lula. Uma gola preta vazava pela gola da camisa branca utilizada pelo ex-presidente.
O suspeito de jogar o artefato foi detido pela Polícia Militar pouco após o incidente. A reportagem do UOL apurou que havia fezes dentro da garrafa PET arremessada de fora para dentro das grades que protegiam o público.
A informação foi confirmada pelo pré-candidato ao Senado pelo PT, André Ceciliano. À reportagem, o atual presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) disse que a prisão do suspeito e a cobrança por celeridade nas investigações é um recado para evitar outros ataques do tipo.
Artefato explosivo no ato
A bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanhava o ato por volta das 18h50, antes de Lula subir ao palco.
O artefato —feito com uma garrafa PET— provocou forte estrondo e espalhou mau cheiro no local. Ninguém se feriu. Um suspeito —cuja identidade não foi revelada— foi detido, segundo a Polícia Militar.
O local onde a bomba caiu foi isolado e o material rapidamente coletado por bombeiros civis. As atividades no palanque, que já haviam sido iniciadas, foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada de Lula.
Ainda de acordo com a PM, três testemunhas acompanharam os agentes na apresentação da ocorrência.
A assessoria de Lula disse, em nota, que eram "dois artifícios de fogos (...) jogados de fora para dentro da área do ato" e negou a existência de fezes nos artefatos. No entanto, a reportagem do UOL verificou no local que se tratava de fezes. Membros da segurança do evento também confirmaram a informação.
A bomba caseira foi lançada por cima das grades de proteção próximo ao lado esquerdo do palco montado na Cinelândia, tradicional ponto de atos políticos da capital fluminense. O artefato foi lançado da rua Evaristo da Veiga, entre a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal.
O esquema interno de segurança montado na praça impedia a entrada de garrafas e submetia todos a revista e detector de metais.
Segundo o colunista do UOL Chico Alves, o público foi orientado a evitar mochilas e bolsas grandes, bandeiras com hastes de madeira (só serão permitidas hastes de PVC) e frascos com álcool gel com mais de 100 ml. Também foi desaconselhado o uso de embalagens plásticas e de alumínio, objetos perfurantes e vidros.
O isolamento da área do palco foi feito com placas de metal. No entanto, a área da escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (à direita do palco) foi ocupada por militantes e apoiadores, munidos de instrumentos musicais e bandeiras de movimentos sociais.
A proximidade da Câmara ao palco permitia que centenas de pessoas que não passaram pela segurança do evento ficassem a poucos metros de quem está no palco. Do lado esquerdo do palco, a Biblioteca Nacional fechou suas escadarias.
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