Kátia Abreu sobre apoio do filho senador a adversário no TO: 'Surpresa'
A senadora Kátia Abreu (Progressistas), que deve disputar a reeleição ao cargo este ano, disse que foi pega "de surpresa" ao saber que o PSD, presidido pelo filho dela, o senador Irajá Silvestre, irá apoiar a candidatura do deputado federal Osires Damaso (PSC) ao governo do estado.
Diferentemente do filho, Kátia irá apoiar o atual governador, Wanderlei Barbosa (Republicanos), à reeleição.
"Eu respeito a decisão do senador Irajá, ele é presidente do PSD, tem seu grupo político, deve ter consultado esse grupo, mas eu não fui consultada. [Temos políticos do Progressistas] que gostariam de participar dessa decisão, manifestando a sua opinião. Nós não fomos contatados antes dessa decisão. Então, nós fomos pegos de surpresa."
Abreu declarou que continuará mantendo a sua palavra e não tem nenhum motivo "para mudar de posição", mas entende que o partido "poderá me substituir na chapa e eu vou compreender que façam isso depois da atitude do PSD".
Apesar de existir a possibilidade de ser retirada da disputa, a senadora apontou que o caso não irá abalar a relação entre mãe e filho. A parlamentar está no Senado desde 2007 em mandatos consecutivos. Ela atuou como deputada federal entre 2000 a 2007. Enquanto Irajá assumiu o primeiro mandato de senador em 2019.
"A relação mãe e filho não tem absolutamente nada a ver com a política. Esse episódio é apenas dois senadores da República tomando decisões e opiniões diferentes. Eu só quero deixar bem claro para a população que, na minha história política, eu nunca fiz jogo duplo ou usei de artifícios para melhorar a minha vida. Essa decisão é uma decisão exclusiva do senador Irajá que eu não participei."
No fim do vídeo publicado no Instagram, a parlamentar declarou que seguirá em campanha e ressaltou a vontade de seguir no cargo de senadora no próximo ano. "Decisão do PSD não reflete a posição do Progressistas", disse ela na legenda.
"Eu estou muito feliz com a minha campanha. Vou continuar trabalhando como tenho feito até aqui. (...) Deixei claro que eu quero continuar sendo senadora do Tocantins, continuar sendo senadora do Brasil. Preciso de apoios políticos? Sim, mas não quero ser a senadora de um partido ou só de um grupo político", concluiu.
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