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Bolsonaro se nega a responder a apoiador sobre urnas: 'Está sendo tratado'

Colaboração para o UOL

27/06/2022 23h12Atualizada em 28/06/2022 08h56

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se negou, durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada hoje, a responder a uma pergunta sobre o que o governo estaria fazendo em relação às urnas eletrônicas. O mandatário e seus seguidores frequentemente atacam o sistema eleitoral.

"Não vou te responder isso daí. Está sendo tratado isso daí. Está sendo tratado", disse o presidente.

Logo em seguida, Bolsonaro muda de assunto e critica o instituto de pesquisas eleitorais Datafolha, que tem apontado vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial. "Se tivesse um inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha", atacou.

Pesquisa Datafolha contratada e divulgada no último dia 23 pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que Lula segue na liderança da corrida eleitoral de 2022 para Presidência da República e venceria no primeiro turno, pois têm 53% dos votos válidos, mais do que a soma de todos os outros concorrentes. Bolsonaro fica com 32% dos votos válidos.

A pesquisa aponta que Lula tem 47% das intenções de voto, Bolsonaro, 28% e Ciro Gomes, 8%. Em relação à pesquisa anterior, Lula oscilou para baixo dentro da margem de erro. O presidente Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (PDT) oscilaram positivamente dentro margem de erro em relação à pesquisa anterior, de 26 de maio deste ano, e têm 28% e 8%, respectivamente. Outros dez candidatos estão empatados tecnicamente.

Campanha diz a Bolsonaro que atacar urnas não rende votos

O embate do presidente Jair Bolsonaro (PL) com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o chefe do Executivo investindo em sistemáticos ataques às urnas eletrônicas, tem sido mal avaliado por integrantes da pré-campanha à reeleição.

O núcleo político da campanha, liderado pelo senador Flávio Bolsonaro e pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem avisado ao presidente que sua postura contra o sistema eleitoral pode enfraquecer a candidatura.

Pesquisas do núcleo de marketing da campanha apontaram que o eleitor tem classificado o comportamento de Bolsonaro como de um "provável perdedor", ou seja, suas brigas com o TSE estão sendo vistas por parte do eleitorado como um "discurso de derrotado".

A avaliação é de que os ataques de Bolsonaro agradam apenas os chamados "convertidos", mas "assustam os indecisos".