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Pré-candidato do PT no RS chama Eduardo Leite de decepção e nega recuo

Pedro Vilas Boas e Matheus Mattos

Colaboração para o UOL

13/06/2022 10h35Atualizada em 14/06/2022 13h23

O pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, disse, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, que o ex-governador do estado Eduardo Leite (PSDB) é uma "decepção". Também negou recuar de sua campanha em prol de uma aliança com o PSB, que tem Beto Albuquerque como pré-candidato e está em negociações para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa nacional.

"Desde a metade do ano passado, quando decidiu disputar as prévias [presidenciais do PSDB], Leite simplesmente parou de governar o estado e fugiu. Abandonou, renegou milhares e milhares de votos que deram a ele a possibilidade dele ser governador. Ele se apresentou como o candidato jovem da renovação política da direita, e ele hoje é uma grande decepção, inclusive para este que vos fala", afirmou. "Infelizmente, o Eduardo Leite se caracterizou por faltar com a verdade."

Hoje, Leite também descumpriu a promessa feita anteriormente, de que não concorreria à reeleição, e anunciou seu nome na disputa ao governo do estado.

Leite disputou com o ex-governador João Doria para ser o nome lançado da chamada terceira via, mas ambos deixaram essa disputa por falta de acordo entre outros partidos. Foi lançada a pré-candidatura da senadora Simone Tebet, do MDB.

O petista também questionou o apoio do MDB a Leite. "Eu não sei como o MDB sairá dessa, fizeram uma briga interna. Eles inventaram um processo de prévias, agora não sabe como sair, três brigaram e ainda não foi resolvido. Acho que terão por certo muita dificuldade ou muito o que explicar para sua base agora em apoiar a candidatura do Eduardo Leite, confusão que terão que resolver."

Sobre as conversas com o PSB, disse ter "vaga para senador e vice". "O presidente Lula nunca me pediu para recuar, que eu tirasse meu nome, muito pelo contrário. Vamos representar e organizar o palanque do presidente Lula", disse.

"Se depender do PT, nós vamos consolidar aliança potente no Rio Grande do Sul. Não está faltando da parte do PT esforço necessário para consolidar a frente. Obviamente que reivindicamos entrar numa coligação do tamanho que nós somos", afirmou, sinalizando que não cederia a cabeça de chapa para outro partido em nome de uma aliança no estado.

Ele disse que Lula recomendou que o partido no estado buscasse alianças mais amplas com palanque único: "E nós estamos fazendo justamente isso. Nesta semana PT, PCdoB e PV, reabrem diálogos com PSB", e acrescentou: "Acho que represento os requisitos que o presidente Lula nos aconselhou".

O que diz a pesquisa mais recente

Pesquisa Real Time Big Data, contratada pela TV Record e divulgada em maio, mostra o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) liderando a corrida eleitoral. Com 23% das intenções de voto, ele fica à frente de todos os demais candidatos, que não conseguem alcançá-lo nem dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Atrás de Onyx, aparecem oito adversários empatados tecnicamente. São eles: Edegar Pretto (PT) e Ranolfo Vieira Jr (PSDB), ambos com 7%; Beto Albuquerque (PSB), Pedro Ruas (PSOL) e Luiz Carlos Heinze (PP), os três com 6%; além de Vieira da Cunha (PDT), com 3%, Gabriel Souza (MDB), com 2%, e Roberto Argenta (PSC), com 1%.

Calendário das sabatinas no Rio Grande do Sul

  • 13/06 - 16h - Vieira da Cunha (PDT)
  • 14/06 - 10h - Luis Carlos Heinze (PP)
  • 15/06 - 10h - Beto Albuquerque (PSB)
  • 15/06 - 16h - Gabriel Souza (MDB)
  • 20/06 - 10h - Onyx Lorenzoni (PL)
  • 20/06 - 16h - Eduardo Leite (PSDB)