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Ferreira diz que investiu em encostas e que ocorreu chuva inédita em PE

O pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PL, Anderson Ferreira, durante sabatina UOL/Folha - UOL
O pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo PL, Anderson Ferreira, durante sabatina UOL/Folha Imagem: UOL

Colaboração para o UOL

10/06/2022 11h03Atualizada em 10/06/2022 11h20

Pré-candidato do PL ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira rebateu, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, que seu governo em Jaboatão dos Guararapes tivesse responsabilidade pelas mortes após as fortes chuvas na região.

"A gente não pode achar culpado, num momento como esse, numa tragédia como essa. Em 1975, foi que houve chuva parecida com o que ocorreu em Jaboatão, mais de 500 ml em três, quatro dias. Isso não existe. O que ocorreu não ocorre há 47 anos, um volume de água como aquele. Lógico que precisa investir em políticas públicas habitacionais", afirmou, citando que investiu em muros de arrimo para conter as encostas, mas a força da chuva levou tudo.

Aproveitou para criticar o governo de Paulo Câmara (PSB), dizendo que o governador se isolou e não dialogou com os prefeitos nem durante a tragédia das chuvas nem durante a pandemia da covid-19. "O PSB tem de parar de jogar a culpa nos outros."

Além das inundações, a chuva gerou diversos deslizamentos de terra, principalmente nas regiões entre Recife e Jaboatão dos Guararapes. Somadas, as tragédias causaram 129 mortes.

Segurança e armas

Ferreira prometeu acabar com as faixas salariais na polícia e investir em equipamentos de maior qualidade.

"O que estamos vivendo é tropa desmotivada, se criou até faixas salariais para dificultar o avanço salarial dos militares; frota sucateada; falta de aparelhamento da polícia. Isso precisa ser revisto", afirmou, defendendo o direito de a população estar armada e contra as câmeras nas fardas policiais.

"Temos um compromisso de incentivar, motivar, aparelhar nossos policiais. O dever desses policiais no nosso governo é chegar em casa vivo para cuidar da sua família."

Como uma de suas primeiras estratégias de governo, ele prometeu baixar o IPVA que "está altíssimo no estado de Pernambuco".

"Conseguimos apresentar proposta que baixa o IPVA com apenas congelamento da tabela Fipe, que calcula o IPVA. Outros estados fizeram, Pernambuco não fez."

Também garantiu tarifa social para famílias que mais precisam: "2.300 milhões de pernambucanos têm direito a sua conta de água ser mais baixa por conta da inclusão da tarifa social. Apresentamos também como projeto de lei na Assembleia Legislativa".

Ele se posicionou a favor das PPPs (Parcerias Público Privadas) para os parques públicos e da privatização da Compesa (companhia de saneamento do estado). Ficou contra a privatização do metrô do Recife: "O estado não tem capacidade de cuidar do transporte público quem dirá do metrô."

Ainda chamou de "racismo" a posição de quem se coloca a favor das cotas raciais.

O que diz a pesquisa mais recente

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado em maio aponta a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) à frente na corrida eleitoral para o governo de Pernambuco, com 28,8% das intenções de voto em um dos cenários na pesquisa estimulada — quando é apresentada a lista de nomes dos pré-candidatos.

A ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB) aparece na sequência, com 16%, seguida pelo ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), com 13,6%, e pelo ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL), com 12,1%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos, esses três pré-candidatos empatam tecnicamente.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) tem 7,1%, empatando tecnicamente com Ferreira. O advogado João Arnaldo (PSOL) aparece com 1,3%, e o historiador Jones Manoel (PCB), com 0,7%, também tecnicamente empatados.

Brancos, nulos e aqueles que disseram que não irão votar em nenhum dos candidatos somam 13,5%, e aqueles que não souberam ou não responderam, 7%.

Calendário das próximas sabatinas em Pernambuco

  • 10/06 - 16h - João Arnaldo (PSOL)