PMB desiste do nome Brasil 35 e tentará mudar para Por Mais Brasil

Depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibir a mudança do nome do PMB (Partido da Mulher Brasileira) para Brasil 35, a legenda desistiu dessa nomenclatura e agora recorrerá à Justiça Eleitoral para tentar aprovar o nome Por Mais Brasil em tempo para as eleições deste ano.

Partido do ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo de São Paulo Abraham Weintraub, O PMB tem a ideia de pelo menos manter a sigla, já que o TSE recusou a mudança para "Brasil", por entender que isso poderia gerar confusão entre os eleitores. A decisão partiu do relator Alexandre de Moraes, que foi acompanhado pelos demais ministros do TSE.

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Em comunicado, a presidente do PMB, Suêd Haidar Nogueira, informou que o novo nome já está registrado em cartório e agora precisa da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral. Porém, ela se mostrou otimista quanto a possibilidade de essa mudança ser deferida "em tempo hábil para as próximas eleições".

No Twitter, Abraham Weintraub celebrou a nova nomenclatura, embora ela ainda não tenha sido de fato aprovada pela Justiça Eleitoral. Além disso, o ex-ministro, que nos últimos meses tem feito duras críticas ao seu antigo aliado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que a sigla é "o único espaço 100% conservador na política" e "o berço da reação conservadora".

Weintraub filiou-se ao PMB em fevereiro com a pretensão de concorrer no pleito pelo governo de São Paulo. Na ocasião, o irmão do ex-ministro, Arthur Weintraub, também se juntou à sigla.

Nesta semana, durante sabatina UOL/Folha, Abraham Weintraub admitiu que pode desistir de sua candidatura por uma "resistência conservadora".

"Nesse momento sou pré-candidato ao governo do estado e acho que tenho chances porque vejo muita coisa articulada para replicar teatro das tesouras. Eu não descartaria nem que ele [Tarcísio Gomes de Freitas, pré-candidato ao governo paulista indicado por Bolsonaro] não saia candidato a governador. Lógico que posso [desistir da pré-candidatura]. A gente tem uma liberdade para mudar estratégia eleitoral de acordo com projeto de base de resistência conservadora para defender a família de todo mundo, não só conservadora", declarou.

De acordo com a pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo, a disputa é liderada por Fernando Haddad (PT) com 29% dos votos. Em segundo lugar está Márcio França (PSB) com 20%, seguido por Tárcio Gomes de Freitas (Republicanos) com 10%. Weintraub aparece entre os últimos colocados com 1%.