Pré-campanha de Lula está na linha certa: ponderada e centrista, diz Dino
O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) amenizou as críticas à pré-campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista ao UOL News, ele elogiou a capa do petista na revista norte-americana Time, que gerou diversas reações no Brasil.
"Temos que modular as críticas. A pré-campanha do Lula hoje está correta. Está na linha certa: mais ponderada, mais centrista, e os ajustes vão acontecendo", afirmou Dino. "Não tem nenhuma tragédia ocorrendo nesse momento na pré-campanha do Lula. Pelo contrário, [há] um patrimônio de acertos."
Para o ex-governador, Lula falou "o óbvio" na entrevista para a revista estrangeira ao comentar sobre a guerra na Ucrânia. Na publicação, ele disse que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, é tão responsável pelo conflito quanto o presidente russo, Vladimir Putin.
"Não vi nada de mais na declaração de Lula, ele falou o óbvio. Se o Brasil quer ter protagonismo no mundo, tem que buscar dialogar com A e B. Os dois [presidentes] podiam ter esperado [antes de fazer a guerra]", avaliou Flávio Dino.
Chapa Lula-Alckmin
O ex-governador do Maranhão também falou sobre a formação da chapa Lula-Alckmin. O ex-tucano, agora no PSB, é visto como uma adição positiva para o petista, na opinião de Dino.
"Alckmin tem funcionado como um complemento à chapa liderada pelo ex-presidente Lula exatamente por não ser igual a ele, ter uma trajetória e ideias diferentes", detalhou, acrescentando que o ex-governador de São Paulo traz a capacidade de diálogo com diversos segmentos sociais.
"Não se combate extremismo com extremismo, e sim se colocando no lugar de ponderação, bom senso, da capacidade de conversar. Lula e Alckmin têm isso, é um bom caminho para o Brasil."
Flávio Dino ainda lamentou que a "terceira via" enfrente "tantas dificuldades" na pré-disputa eleitoral.
"Eu gostaria muito que houvesse também a consolidação desse chamado centro democrático, liberal, o nome que queira se dar, para inclusive deslocar a extrema-direita, o fascismo", disse.
"É muito negativo para a democracia a existência desse extremismo que o Bolsonaro representa. Acho que Lula e Alckmin formam uma excelente chapa e é a que hoje tem amplo favoritismo."
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