Lula chama 3ª via de cretinice e diz que Bolsonaro não é 'um cara qualquer'
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a busca pela chamada terceira via na disputa pela Presidência da República. Segundo ele, a tentativa da oposição de criar uma alternativa a ele a ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito deste ano é uma "cretinice". Para o petista, é preciso ter cuidado com o atual mandatário: "Não estamos lutando com um cara qualquer".
Em um evento promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), Lula disse considerar normal a polarização entre dois partidos na corrida pelo Planalto, e debochou da terceira via, que tenta ser costurada com nomes que vão desde o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), passando pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro até o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
"Esse negócio de terceira via é uma cretinice. Toda vez que tem duas pessoas disputando, vai haver polarização. O PT está polarizando desde que foi criado", afirmou, ressaltando que preferiria polarizar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por ser "uma polarização mais democrática", em vez de com "um fascista como Bolsonaro".
No evento, o petista afirmou que Bolsonaro tem uma "turma que envolve muitos milicianos" com a intenção de protegê-lo. Por isso, teria consciência de que não está "lutando com um cara qualquer", mas com uma pessoa "que conta mentiras e não tem o pudor de atacar".
"Tinha gente que achava que o Bolsonaro ia cair com dois meses de mandato, três meses de mandato. E a gente percebe que não é fácil assim. Ele tem uma turma. A turma dele envolve muitos milicianos, muita gente de direita, muita gente da área aposentada e da ativa. Então nós temos que saber que não estamos lutando com um cara qualquer. Estamos lutando com um cara que conta mentiras e não tem o pudor de atacar", acrescentou.
Por fim, o petista adiantou que, se eleito, vai tirar cerca de oito mil militares do governo, e também alertou para os gastos exorbitantes do atual mandatário nos cartões corporativos — recentemente, o próprio Bolsonaro admitiu que tem feitos gastos excessivos: "Meu gasto é grande, sim", afirmou.
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