Lula diz que tirará 8 mil militares do governo se for eleito
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje, em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que tirará 8 mil militares do governo caso seja eleito presidente da República em outubro. Ele ainda afirmou que a terceira via é uma "cretinice", porque, na disputa eleitoral, não estariam "lutando com um cara qualquer".
"Esse negócio de terceira via é uma cretinice. Toda vez que tem duas pessoas disputando, vai haver polarização. O PT está polarizando desde que foi criado", afirmou o petista.
"Tinha gente que achava que o Bolsonaro ia cair com dois meses de mandato, três meses de mandato. E a gente percebe que não é fácil assim. Ele tem uma turma. A turma dele envolve muitos milicianos, muita gente de direita, muita gente da área aposentada e da ativa. Então nós temos que saber que não estamos lutando com um cara qualquer. Estamos lutando com um cara que conta mentiras e não tem o pudor de atacar", acrescentou.
Nós vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata, a gente pode não fazer. Lula em declaração durante evento da CUT
Lula também fez ataques ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que gostaria de polarizar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
"Eu gostaria de polarizar com os tucanos, com o Fernando Henrique Cardoso. Uma polarização mais democrática, mais sensível. Não com um fascista como Bolsonaro, que só sabe transmitir ódio e mentiras. Mas é com ele. Paciência. É ele que está aí. Ele foi eleito por quem? Quem é que criou o clima para eleger ele? Não fomos nós do PT. Então ele tá aí e nós vamos polarizar para ganhar as eleições", afirmou.
'Bolsonaro está inventando gasto'
Ao falar para os sindicalistas, Lula alertou para os gastos do atual presidente da República. Nos últimos meses, Bolsonaro tem sofrido críticas pelo dinheiro utilizado nos cartões corporativos e, em fevereiro, minimizou ao afirmar a apoiadores: "Meu gasto é grande, sim".
"Agora, vamos ver o que Bolsonaro está fazendo. Bolsonaro está distribuindo dinheiro, está inventando gasto, não é uma coisa fácil a gente desmontar isso", falou o ex-presidente. Lula argumentou que "agora a situação está ruim, o povo está sem comida, está sem emprego, o salário está menor".
O petista também cobrou propostas objetivas para revisar a reforma trabalhista feita no governo de Michel Temer (MDB), mas que não seja uma "volta ao passado". "Tem coisas que já estão superadas", afirmou.
Lula disse estar com boas perspectivas para o ano eleitoral. "Estou muito otimista, muito otimista. Aliás, de todas as campanhas que eu faço eu acho que eu estava muito otimista em 2002, eu nunca tive preocupação, sempre achei que ia ganhar, e nesta daqui", afirmou.
*Com informações da Reuters
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