Freixo quer usar apoio de Lula para crescer na periferia do Rio

Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) aposta no apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para crescer na periferia do Rio de Janeiro.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem (22) mostra Freixo e o governador Cláudio Castro (PL) em empate técnico. Mas, quando associado a Lula, o desempenho de Freixo melhora.

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A campanha do deputado vê o resultado como uma oportunidade de avançar na Baixada Fluminense —periferia da capital— e no interior, onde o pré-candidato, mais conhecido na cidade do Rio, tem menos penetração.

O levantamento mostra Freixo com 18% das intenções de voto, contra 22% do governador Cláudio Castro (PL) —com margem de erro de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão em empate técnico.

Quando associado ao nome de Lula, o deputado federal sobe para 41% das intenções de voto, acima dos 36% que Castro atinge quando é ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) —a diferença fica no limite da margem de erro.

O pré-candidato do PSB tem vantagem na capital, com 24% das intenções de voto, contra 20% de Castro. No entanto, o atual governador lidera na Baixada Fluminense, onde Castro faz 22% contra 15% de Freixo, e no interior fluminense, onde o placar é de 24% contra 14%.

A ideia da equipe de Freixo é realizar atos com Lula durante a campanha eleitoral na Baixada Fluminense e em São Gonçalo —na região metropolitana—, por exemplo. A coordenação da campanha de Freixo diz acreditar que quadros do PT com penetração nessas regiões podem ajudar a dar capilaridade ao pré-candidato.

Freixo aparece com a maior rejeição no levantamento —47% dos ouvidos dizem que o conhecem e não votariam nele. Historicamente, essa rejeição é maior entre as camadas mais populares da população, onde Lula é mais forte, e entre os evangélicos, grupo religioso ao qual Freixo tem feito acenos.

No último sábado (19), Freixo esteve em São Gonçalo com Dimas Gadelha, candidato do PT à prefeitura da cidade em 2020. Gadelha foi derrotado no segundo turno por menos de 6.000 votos.

Nesse sentido, o engajamento do deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ), presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), também é considerado importante. Com reduto político na Baixada Fluminense, ele chegou a esboçar a intenção de disputar o governo do estado, mas agora pleiteia a vaga ao Senado na chapa de Freixo —o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) também é pré-candidato ao cargo.

Lula cumpre agendas no Rio

Neste fim de semana, Lula começa uma série de compromissos no Rio de Janeiro. O ex-presidente participa do evento que comemora o centenário do PCdoB, em Niterói, no sábado (26). Na segunda-feira (28), estão previstas conversas com lideranças políticas do Rio, entre elas, Freixo.

O marqueteiro da campanha de Freixo, Renato Pereira, diz que a avaliação do governo Cláudio Castro, aprovado por 22% do eleitorado, abre um campo para uma candidatura de oposição avançar.

"O dado número 1 da pesquisa é a má avaliação do governador, então é uma notícia muito boa. Além disso, a eleição do Rio reproduz a polarização nacional. Na situação atual, é algo que nos favorece, porque o governo Bolsonaro também é mal avaliado", diz ele, lembrando que o presidente é aprovado por 26% do eleitorado fluminense, e rejeitado por 47%.