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Prefeitura de SP promete 173 km de ciclovias em 1 ano e "remanejo" de 12 km

16.jan.2019 - Ciclista utiliza ciclovia em São Paulo - Rahel Patrasso/Xinhua
16.jan.2019 - Ciclista utiliza ciclovia em São Paulo Imagem: Rahel Patrasso/Xinhua

Alessandro Reis

Do UOL, em São Paulo (SP)

13/12/2019 11h37

A Prefeitura de São Paulo anunciou hoje que até o fim de 2020 pretende ampliar a malha cicloviária da capital em 173 km, incluindo novas ciclovias nas avenidas Henrique Schaumann, Rebouças e Bento Guelfi. De acordo com Edson Caram, secretário municipal de Mobilidade e Transportes, a extensão da malha vai passar os atuais 503 km para 676 km.

A malha é composta por ciclovias, dotadas de segregação física dos demais veículos, e ciclofaixas, separadas visualmente.

Além disso, o Plano Cicloviário para o município prevê a reforma ou "requalificação" de 310 km de vias exclusivas para o tráfego para bicicletas já existentes e o "remanejo" de 12 km, que deixarão de existir, porém serão repostos, de acordo com Caram. Já estão alocados R$ 325,7 milhões para as obras necessárias, que incluem aplicação de tinta vermelha antiderrapante, fresa e recapeamento do asfalto e nivelamento da via com o canteiro e a sarjeta.

76% do total serão destinados a obras e o restante para sinalização, afirma a Prefeitura.

Cidade vai ganhar mil paraciclos

Segundo Mauro Ricardo, secretário municipal de Governo, "nos próximos dias" o prefeito Bruno Covas vai assinar decreto para a instalação de mil paraciclos, que são pontos para estacionamento e fixação de bicicletas, instalados em pontos estratégicos como parques e outros equipamentos públicos. Também há planos para a disponibilização de áreas para estacionamento de bicicletas em terminais de ônibus e metrô.

O mencionado remanejo não foi detalhado, porém o secretário exemplificou que a retirada vai acontecer em trechos de vias como as ruas como Pinheiro Guimarães, Mário Augusto do Carmo e Professor Pires de Andrade, na Zona Leste - somente essas três últimas vias totalizam mais de 2 km.

"São trechos como baixo uso, pouca ou nenhuma conexão com outros modais e utilização irregular, seja por automóveis ou por comércio ilegal, como camelôs", explicou. "Especificamente na Duque de Caxias, estamos tirando a ciclovia do lado esquerdo para colocar no canteiro central", justificou o secretário Caram.

A Secretaria afirma que, até 31 de dezembro de 2020, 73% das vias exclusivas para bicicletas estarão conectadas com o transporte público. Os critérios para a instalação das ciclovias e ciclofaixas, bem como de novas conexões dos equipamentos já instalados, informa o secretário, foram estabelecidos com base em mais de dez audiências para consulta pública e na demanda.

"A ideia é que a bicicleta seja um meio para conectar aos demais modais de transporte. Que o cidadão tenha de andar a pé ou de bicicleta por no máximo 3,5 km para pegar ônibus, trem ou metrô", disse.

Novas conexões

A estratégia de interligar a malha cicloviária aos modais de transporte público vai ampliar ciclovias já existentes. Um exemplo é a ciclovia da Radial Leste, que interliga as estações do Metrô Itaquera e Tatuapé, vai ganhar expansão de 5,7 km, chegando ao Parque Dom Pedro II.

Na Avenida Domingos de Morais, na Zona Sul, também haverá novas estruturas cicloviárias na malha já existente, na altura do Colégio Arquidiocesano.

Do total anunciado, Caram informou que já foram reformados 50 km de ciclofaixas e pouco mais de 200 já estão empenhados, ou seja, contratados, para execução até o fim do ano. "Estamos trabalhando nas licitações para iniciar, por volta de março, as obras relacionadas às ciclovias".

As avenidas Henrique Schaumann e Rebouças, na Zona Oeste, vão receber ciclovias de, respectivamente, 3,5 km e 1,5 km de extensão para interligar a malha até até as avenidas Sumaré, Paulista, Faria Lima e Berrini.

Especificamente em relação à Rebouças, o secretário Caram explicou que a ciclovia será instalada na extremidade de cada sentido, com redução na largura das faixas para a circulação de automóveis.

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