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Avaliação: Toyota Yaris pode se tornar o "queridinho" do Brasil? Assista

André Deliberato

Do UOL, em São Bernardo do Campo (SP)

18/06/2018 04h00

Rodamos com a versão mais cara do sedã, a XLS, de R$ 79.990

O Yaris é o grande lançamento da Toyota em 2018 e chega para peitar um dos segmentos mais quentes, o de compactos premium, onde vai encarar as duplas Polo/Virtus, da Volkswagen; Argo/Cronos, da Fiat e Fit/City, da Honda, entre outros modelos.

UOL Carros reúne nesta página todos os detalhes sobre o lançamento. Mas como ele anda? Para falar disso, testamos inicialmente a versão XLS do Yaris Sedan, vendida a R$ 79.990 e equipada com motor 1.5 e câmbio CVT.

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O carro começa a se destacar por alguns pontos, mas o que se vê logo de cara é o design. Na prática, o Yaris Sedan é um "mini-Corolla" no visual, com frente harmônica e bem resolvida, além de traseira acertada, apesar das lanternas um tanto exageradas.

Espaço não é ruim, mas ele não é tão grande como Cronos e Virtus no banco traseiro e a área para a cabeça dos ocupantes que vão lá atrás ainda é prejudicada pelo caimento do teto.

Motores são derivados do Etios e recalibrados por conta do sistema de escape, rendendo mais potência. Desempenho não é de todo ruim, mas consumo poderia ser melhor: durante a avaliação, fizemos média de 9 km/l na cidade com etanol. Ponto alto está na boa combinação com o câmbio CVT que veio do Corolla e pode simular sete marchas.

Vão bem os controles de tração e estabilidade, existentes desde a versão inicial, bem como alguns equipamentos só encontrados somente nas versões mais caras dos rivais. Nessa versão XLS temos ainda teto solar (único na categoria); sensor de chuva; maçanetas cromadas; lanternas em LED e mais cinco airbags, totalizando sete bolsas.

Onde derrapa

Acabamento é acertadinho -- há bons revestimentos na proteção para os braços das portas e alguns detalhes em preto piano --, mas todo o interior é de plástico duro.

Além disso, apesar de a Toyota ter dito que investiu no isolamento acústico do interior, o câmbio CVT quando exigido faz o motor trabalhar em giros altos e isso é bem perceptível na cabine.

Outra coisa: o sistema multimídia do carro é fácil de mexer, mas serve mais pelo som e pelo GPS (TomTom para Android ou Waze para iPhone). Isso porque o aparelho não projeta sistemas CarPlay e AndroidAuto, algo oferecido por vários outros carros dessa faixa de preço.

Em resumo, a Toyota mesclou itens de Etios e Corolla para criar um carro bonito e mecanicamente confiável para entrar forte nesse segmento de compactos. Os preços são pareados aos dos rivais e a boa fama da marca deve fazer com que o Yaris se transforme, sim, em um dos novos queridinhos do Brasil.