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SUV mais rápido do Brasil é até R$ 55 mil mais barato do que um HR-V

Quando a Citroën passou a fazer parte do Grupo Stellantis - reunião de sua PSA com a FCA (Jeep, Fiat, RAM, etc) -, em 2021, um carro esquecido passou a ganhar relevância no ranking de vendas. Trata-se do C4 Cactus, que naquele momento era o único produto da montadora à venda no Brasil, antes da chegada do novo C3.

Mas o tempo passou, e o C4 Cactus voltou a ficar esquecido. Afinal, o segmento de que faz parte, o de SUVs compactos, é muito concorrido. Em 2023, o C4 Cactus acumula 3.182 unidades vendidas. Para comparação, o líder da categoria, Volkswagen T-Cross, já se aproxima dos 60 mil exemplares.

Mas quem conhece bem esse produto pode considerar que uma certa injustiça é cometida com o C4 Cactus. Afinal, estamos falando aqui do candidato à SUV compacto generalista mais rápido à venda no mercado brasileiro. E também daquele que traz um dos melhores custos-benefícios.

Aqui, falaremos apenas da versão topo de linha, Shine. Até há, no site da Citroën, uma configuração acima, a Noir. Porém, trata-se apenas de um pacote de acessórios visuais, por R$ 1.000 a mais.

Comparativo de preço

O C4 Cactus Shine custa R$ 140 mil. Para comparação com os SUVs compactos que também figuram entre os mais rápidos do Brasil, sai em torno de R$ 46 mil a menos que o HR-V Advance e R$ 55 mil mais em conta que o Touring. Essas são as duas versões do Honda a trazer o propulsor 1.5 turbo de 177 cv.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

O modelo também leva vantagem ante os SUVs de outras marcas do Grupo Stellantis. Com motor 1.3 turbo de 185 cv, o Renegade Longitude (cerca de 40 mil unidades vendidas em 2023) sai por R$ 15 mil a mais, aproximadamente. O Pulse Abarth é quase tão rápido quando o Citroën. Porém, sua tabela é R$ 10 mil superior.

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Mais rápido do Brasil

Quando consideramos a aceleração de 0 a 100 km/h, o C4 Cactus é de fato o SUV mais rápido do Brasil. Ele cumpre essa missão em 7,3 segundos, ante os 7,6 segundos do Pulse Abarth. Os demais já precisam de mais de 8 segundos para chegar a essa velocidade, partindo da imobilidade.

E, na prática, o C4 Cactus impressiona pela aceleração, que é muito ágil. Levinho, ele tem excelentes retomadas e passa mesmo a impressão de ser mais rápido que todos os demais SUVs com motores de 150 cv em diante.

E por falar em motor, o do C4 Cactus é o 1.6 THP, com 173 cv e pouco mais de 24 kgfm. Faz toda a diferença o fato de o carro ter câmbio automático de seis marchas, que forma um bom casamento com o propulsor.

O que tem e o que falta

Mas nem tudo é lua de mel com o C4 Cactus. Lançado em 2018, fica devendo em alguns aspectos, como saída de ar atrás, entrada USB do tipo C, opção de teto solar, freio de estacionamento elétrico e sistemas de assistência à condução relevantes. Os rivais mais modernos têm parte dessas facilidades.

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Imagem: Rafaela Borges/UOL

Vale ressaltar que o modelo é daqueles crossovers que são um misto de hatch e SUV - como Pulse e Nivus, para citar alguns exemplos. Isso acaba levando a uma posição de dirigir mais baixa que a média da categoria, o que agrada quem curte uma pegada mais esportiva, mas não quem compra um SUV para ficar mais alto ao volante.

Compacto, com 4,14 metros de comprimento, ele não decepciona muito no espaço interno, considerando suas dimensões. O entre-eixos é de 2,60 metros. O porta-malas, por sua vez, é melhor que o sugerido pela capacidade de 320 litros. Comprido e alto, acomoda com facilidade duas malas médias (23 kg) e duas pequenas (10 a 15 kg).

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Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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