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Novo Ford Territory: o que SUV tem de melhor ou pior para encarar o Compass

A primeira geração do Ford Territory não caiu no gosto do brasileiro. Já a segunda tem tudo para virar o jogo. Para isso, a montadora norte-americana tomou como base dois modelos da marca que é líder do mercado de SUVs no País: a Jeep.

O novo Territory chega com porte mais próximo ao do Commander, mas preço semelhante ao do Compass. Aliás, o valor é até mais baixo, quando se compara o Ford com as versões equivalentes em equipamentos do Jeep.

Houve solução dos principais problemas que o carro trazia. Além disso, a estratégia de preço é a mais agressiva desde que a Ford deixou de ser fabricante para se tornar importadora. Desta vez, a marca investe forte no custo-benefício.

Mas quais são os pontos negativos do novo Ford Territory? E os positivos?

Em alta

Preço e espaço interno: esses são os destaques do novo Ford Territory 2024. Importado da China, o modelo chega ao Brasil por R$ 209.990. Sai de fábrica com painel virtual e central multimídia em duas telas integradas, pacote repleto de assistências à condução (com ACC e leitor de faixas), carregador sem fio, bancos dianteiros elétricos e teto solar panorâmico.

O Compass com os mesmos equipamentos é o S, por R$ 238 mil. E o Territory é mais barato até que o Limited, de R$ 214 mil. O espaço interno, no entanto, é de Commander. Ou até melhor. Com 2,73 m de entre-eixos, o SUV de assoalho plano é um dos poucos médios a acomodar bem três pessoas no banco de trás.

O acabamento também chama bastante a atenção. Tem couro, madeira e materiais emborrachados e macios ao toque. Outro destaque fica por conta do belíssimo visual. A dianteira é uma das poucas coisas que remete a estilo dos SUVs globais da Ford (no interior, quase tudo é só do Territory, exceto a fonte das letras do velocímetro digital, igual à da Ranger e F-150).

O design com grade grande, faróis diurnos finos e conjunto óptico principal no para-choque chama a atenção. A lateral tem linhas mais altas que as do modelo anterior, e a traseira é bem resolvida.

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Fácil de usar e rápido, o multimídia traz conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Já o câmbio, automatizado de sete marchas e duas embreagens e banhado a óleo, é eficiente - nada tem a ver com o antigo Powershift usado nos Ford nacionais.

Em baixa

Um dos principais problemas do novo Territory tem a ver com ergonomia. Para acionar os modos de condução do carro, é preciso acessar o multimídia. Há até um atalho na tela, mas o processo distrai o motorista, se ele quiser fazer a mudança quando estiver conduzindo.

O ideal seria um botão para mudar o modo de condução no volante ou console central. Além disso, essas funções só alteram o comportamento do conjunto motor-câmbio. Seria interessante se, no modo esportivo, interferisse também nas respostas da direção, que carece de um pouco mais de peso em alta velocidade.

Outra crítica é ao leitor de faixas, que tem função de correção, mas não de centralização. O sistema fica constantemente puxando o volante para cima da faixa, e não para o centro. Depois de alguns minutos, o motorista acaba decidindo desligá-lo.

Por fim, as rodas de 19" são bonitas. Porém, pequenas para o porte do carro.

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Na média

O motor 1.5 turbo a gasolina agora é de ciclo Otto. Com 169 cv e 25,5 kgfm de torque, forma bom casamento com a transmissão automatizada. Não que o Territory seja super ágil, mas ele responde bem em acelerações e retomadas. Seu desempenho está na média do segmento - e muito superior ao do modelo anterior.

Outro problema resolvido é o porta-malas, antes muito pequeno para um SUV médio. O compartimento ganhou 100 litros e tem capacidade de 450 litros. Não é um porta-malas de Taos (uma das referências da categoria de médios) nem se aproxima do Commander.

Porém, agora tem capacidade semelhante ao do Compass, do Corolla Cross e mesmo o do Chevrolet Equinox - SUV, aliás, cuja proposta é bem parecida com a do Territory.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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