Cinco feridos na Sapucaí estão internados; vítima da Tuiuti é a mais grave
Cinco pessoas continuam internadas em decorrências dos dois acidentes com carros alegóricos na Marquês de Sapucaí durante os desfiles no domingo (26) e na segunda (27).
Entre elas, Maria de Lurdes Maura Ferreira, de 58 anos, uma das 20 vítimas que foram atropeladas e prensadas pelo carro da Paraíso do Tuiuti, na primeira noite de desfiles do Grupo Especial.
Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ela continua internada no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, em estado grave e respiro por aparelhos.
Elizabeth Jofre e a fotógrafa Lucia Melo, que sofreu fratura exposta na perna e traumatismo craniano no mesmo acidente, continuam internadas, mas com quadro estável.
Sem feridos graves na Tijuca
Dos dez feridos no acidente com o carro da Unidos da Tijuca na segunda noite de desfiles, que deram entrada em hospitais, apenas dois continuam internados em observação: Uma mulher no Souza Aguiar e um homem no Lourenço Jorge. Ambos têm quadro estável. Seus nomes não foram divulgados pela SMS.
O carro da Tijuca estava pronto para entrar na avenida quando a parte de cima afundou. Uma das vítimas, Ricardo de Oliveira Cardoso Jr., 32 anos, disse que integrantes da escola já estavam preocupados com a segurança da alegoria nos ensaios.
"Chegou na avenida, tinha mais pessoas em cima do carro do que nos ensaios", contou ao UOL no Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi atendido e liberado após tratar as escoriações leves na perna e a alta de pressão.
O carro Nova Orleans era o segundo da escola e representava a cidade norte-americana famosa pelo jazz. Na parte central havia oito quartos, que representavam os bordéis da cidade. Cada um tinha uma varanda, onde um casal faria. Foi essa estrutura dos quartos e varandas, que ficava a cerca de 10 metros de altura, que desabou para dentro do próprio carro, levando ao chão quase todos os 16 casais que representavam --algumas pessoas conseguiram saltar e se agarrar a outra parte do carro.
O carnavalesco Mauro Quintaes, 58, um dos cinco integrantes da comissão de carnaval da Unidos da Tijuca, suspeita que uma "fadiga" do ferro usada na estrutura do carro alegórico tenha provocado a queda de integrantes da escola durante o desfile na noite de segunda-feira (27). "Os bombeiros fizeram a vistoria e também aprovaram, sem suspeitar de nada. Foi uma fatalidade", afirmou.
Carnaval de acidentes
Nunca a Passarela do Samba tinha sido palco de tantos acidentes. Depois que o carro da Paraíso da Tuiuti perdeu o controle e feriu 20 pessoas, na primeira noite de desfile, a plataforma de um carro da Mocidade Independente de Padre Miguel se soltou da lateral e levou uma integrante que estava sobre ela ao chão. Segundo a diretoria da escola, a jovem, chamada Paula, está bem e não sofreu ferimentos.
Além disso, um carro da União da Ilha colidiu com o estúdio da Globo e outro, da São Clemente, sofreu um princípio de incêndio.
Diante das fatalidades, o Inmetro informou no "Jornal Hoje", na tarde desta terça (28), que vai agilizar a criação de regras de padronização na construção dos carros alegóricos. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) prometeu marcar reunião com os representantes de cada escola para ajustes.
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