Estudo aponta risco de AVC para quem come alimentos ultraprocessados
Resumo da notícia
- Um estudo feito por um instituto francês alerta para o aumento do risco de AVC ou de infarto em pessoas que consomem alimentos ultraprocessados
- Os pesquisadores analisaram produtos como salsichas ou sopas e contaram com 100 mil voluntários franceses
- Os voluntários apresentaram 12% de chance a mais de sofrer com uma dessas doenças
Um estudo do Inserm (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale), publicado nesta quinta-feira (30), alerta para o aumento do risco de AVC (acidentes vasculares cerebrais) ou mesmo de infarto em pessoas que consomem alimentos chamados de "ultraprocessados". Os pesquisadores analisaram produtos como salsichas ou sopas e contaram com 100 mil voluntários franceses, que participaram regularmente do projeto "Nutrinet-Santé".
Nos últimos anos, diversas pesquisas estabeleceram uma ligação entre alimentos transgênicos e um maior risco de câncer, problemas digestivos e até aumento de mortalidade. Dessa vez, os cientistas se concentraram em doenças cardiovasculares, observando produtos como refrigerantes, barras de chocolate, lasanhas, entre outros.
A lista dos alimentos considerados "ultraprocessados" não inclui todos os pratos congelados, mas sim aqueles que sofreram diversas transformações e que contêm aditivos, como explica Mathilde Touvier, diretora de pesquisa do Inserm. "Esses alimentos se transformaram através da hidrólise ou da hidrogenação. A maioria contém colorantes", alerta.
12% de chance a mais
A equipe responsável pela pesquisa observou uma "associação entre os alimentos ultraprocessados e um maior risco de doenças cardiovasculares, como infarto, ou cerebrovasculares, como o AVC", ressalta Mathilde Touvier.
Os voluntários apresentaram 12% de chance a mais de sofrer com uma dessas doenças. Para evitar todo mal-entendido, os pesquisadores levaram em conta a idade dos participantes, assim como a classe social, o peso, tabagismo e atividade física.
Mas a cientista Mathilde Touvier permanece calma diante da situação: ela lembra que não é necessário ter medo de todos os produtos encontrados nos supermercados. Seu conselho é observar as etiquetas e prestar atenção na lista de ingredientes antes de comprar.
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