Mariana Ferrão: O que fazer para combater o mosquito da dengue?

No Brasil, o número de casos confirmados ou sob suspeita de dengue já passa de 653 mil — ou um infectado a cada 347 mil brasileiros. Para evitar a doença, é fundamental impedir a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, eliminando água parada de locais que podem ser tornar criadouros. Como se proteger do vetor da doença é o tema do episódio de hoje (21/02) do quadro 'Mari vs Mari'.

A jornalista especializada em saúde Mariana Ferrão chama a atenção para a autorresponsabilidade de cada um no combate à dengue. "A gente tem que entender o que é que a gente está fazendo dentro da nossa casa pra impedir a proliferação do mosquito, o quanto a gente assume a responsabilidade por esse cuidado com o coletivo, porque autorresponsabilizar-se também não é olhar só pra gente, é olhar pro todo", diz ela.

Ferrão cita sete medidas para impedir a proliferação do mosquito e também evitar contato com o Aedes aegypti:

1. Verificar se tem água parada no seu quintal (incluindo objetos como latas e garrafas vazias, pneus e calhas);

2. Tampar a caixa d'água;

3. Colocar areia no prato das plantas;

4. Fechar as janelas antes do sol baixar;

5. Colocar telas de proteção nas janelas;

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6. Usar roupas compridas em áreas de risco;

7. Usar repelente em áreas de risco.

Outra questão de autorresponsabilidade citada pela jornalista é procurar atendimento médico na presença de sintomas de dengue, que incluem:

Febre alta;

Dor para movimentar os olhos;

Dor de cabeça;

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Mal-estar e fraqueza;

Manchas avermelhadas.

Até o momento, há uma vacina contra a dengue no SUS. A Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, começou a ser aplicada em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos —o principal grupo de risco para a doença depois dos idosos.

O imunizante também está disponível na rede privada, com preço que varia entre R$ 300 e R$ 450 por dose. Qualquer pessoa entre 4 e 60 anos pode receber o imunizante, exceto grávidas, lactantes e imunocomprometidos. A vacina pode ser aplicada tanto em quem já teve a doença quanto em quem nunca foi diagnosticado com a doença.

"E não mate as pererecas, as lagartixas, os sapos ou as aranhas", acrescenta Ferrão. "Porque eles são fundamentais pra comer os mosquitos, então eles também ajudam a equilibrar esse sistema".

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