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Saúde

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Apenas 48% dos pacientes com hipertensão fazem controle da pressão arterial

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Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

08/10/2022 11h04

Apenas 48% das pessoas entre 50 e 80 anos com hipertensão, nos Estados Unidos, verificam regularmente a pressão arterial em casa. No grupo, estão pacientes que tomam medicamentos para a doença ou têm uma condição crônica de saúde que requer o controle da pressão arterial, como histórico de AVC (acidente vascular cerebral), doença cardíaca coronária, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes e doença renal crônica.

Isso é o que mostra um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e publicado nesta edição da revista médica Jama Network Open, da Associação Americana de Medicina.

De acordo com o estudo, mesmo diante da indicação da equipe médica para que o acompanhamento da pressão arterial seja feito também fora dos consultórios, a realidade é que mais da metade dos pacientes não o fazem.

Entre os entrevistados pela pesquisa, 55% disseram possuir um monitor de pressão arterial em casa, mas nunca o usam. Já no grupo que afirma utilizar, houve grande variação na frequência com que verificavam a pressão e apenas metade disse que compartilha suas leituras com um profissional de saúde.

Os resultados sugerem que protocolos devem ser desenvolvidos para educar os pacientes sobre a importância do automonitoramento da pressão arterial em casa e a importância do compartilhamento das leituras com os médicos, afinal, o monitoramento da pressão arterial está associado à pressão arterial mais baixa.

De acordo com o cardiologista Audes Feitosa, ex-presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), por ser uma doença silenciosa, cerca de metade dos pacientes não são diagnosticados.

"Sabemos que um terço da população mundial sofre com a hipertensão e a única forma de se obter o diagnóstico é através da aferição da pressão arterial", diz.

Ainda segundo Feitosa, é justamente o acompanhamento correto que consegue garantir a qualidade de vida e longevidade aos pacientes hipertensos, mas estima-se que apenas 40% deles façam o controle adequado da doença.

"Fazer o tratamento, mas não controlar a pressão arterial leva a consequências drásticas, como doenças cardiovasculares associadas, doenças cardíacas e doenças cerebrovasculares", destaca.

Hoje, as complicações da hipertensão são responsáveis por mais de 9 milhões de mortes em todo o mundo, a cada ano. Só no Brasil, estimam-se mais de 140 mil mortes relacionadas à doença ou causas atribuíveis a ela.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares representam hoje a principal causa de morte nas Américas, sendo a hipertensão arterial responsável por mais de 50% das doenças cardiovasculares.

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