11 erros que você não deve cometer ao lavar suas calcinhas ou cuecas

Uma vez usadas, as roupas íntimas devem ser trocadas e lavadas —ainda mais após um dia inteiro com elas ou quando se faz exercícios físicos. Trata-se de uma questão de higiene, pois calcinhas e cuecas úmidas de suor e sujas de secreções, urina, fezes, junto com o calor e a pouca ventilação local, acumulam bactérias e fungos, aumentando o risco de infecções.

Porém, peças íntimas mal higienizadas, igualmente, podem causar uma série de problemas de saúde: contaminações, alergias, candidíase, corrimentos, infecções de urina graves, anais e penianas, além de inflamações. A seguir, veja com o que é preciso ter cuidado:

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• Lavar dentro do banheiro

É uma péssima ideia por vários motivos. Primeiro, porque xampu ou sabonete comum não são os produtos mais indicados para lavagem dessas peças e, estando elas mal enxaguadas, podem prejudicar a flora de bactérias e microrganismos específicos da região genital. Segundo, porque banheiro é um local com coliformes fecais em suspensão e úmido, o que prejudica o processo de secagem.

• Lavar com produtos fortes

Produtos químicos com corantes e perfumes intensos e com efeitos abrasivo, alvejante ou amaciante também não são ideais, pois podem provocar irritações nas regiões íntimas, ainda mais quando se tem histórico. A recomendação é utilizar sabão que seja de coco ou específico para esse tipo de lavagem, com pH neutro e propriedades bactericidas e hipoalergênicas.

• Lavar só com água corrente

Deixar que apenas o jato d'água da torneira escorra abundantemente pelas peças íntimas pode até tirar delas a sujeira mais pesada, além de manchas recentes, mas não as livra das ameaças invisíveis —precisa esfregar. Fazer isso e depois deixar cueca ou calcinha secar naturalmente é ainda pior, pois facilita que agentes microbianos presentes nelas se multipliquem de forma rápida.

• Lavar junto com outras peças

Calcinhas e cuecas requerem lavagem separada de outras roupas. Para evitar contaminação cruzada, sobretudo pelo que entra em contato com superfícies de uso público, ou ainda é esfregado no chão, como panos ou meias, que tendem a encardir. Peças para lavar também devem ser separadas por dono, para evitar transmissão de doenças, às vezes assintomáticas.

• Lavar sem antes tirar sujeira

Com resquícios de sangue, secreções e fezes é necessário a peça passar por uma pré-lavagem ou ser deixada de molho por alguns minutos. Sem isso, eleva-se o risco de contaminar outras peças em contato com ela, e caso a lavagem final de todas não seja das melhores, a mancha pode resistir e o que estiver vivo nela levar problemas dos genitais para o ânus e vice-versa.

• Lavar em máquina não limpa

Roupas íntimas podem ser lavadas tanto à mão como em máquina. Porém, na lavadora, é preciso tomar alguns cuidados. Para além de se atentar aos tecidos, pois os delicados e finos podem estragar, certifique-se de que a limpeza do aparelho esteja em dia. Sua desinfecção deve ser feita, no mínimo, a cada seis meses, com ½ litro de água sanitária e água fervente.

• Lavar só com água quente

Em comparação com a água fria, a água quente elimina mais facilmente resíduos. No entanto, sem a adição de produtos próprios para limpeza de peças íntimas ou sem que esteja em temperatura fervente, não elimina as bactérias nocivas à saúde. A maioria desses seres só morre com água acima de 70ºC.

• Lavar e manter na máquina

Pode-se usar produtos, água fervente, o que for, se a peça recém-higienizada passar mais de duas horas dentro da lavadora, esqueça, todo o resultado é perdido e germes e bactérias voltam a se multiplicar. Um sinal da presença deles é aquele cheiro ruim. Por isso, uma vez terminada a lavagem, coloque logo as peças para secar em um local arejado.

• Lavar no modo rápido

Com a correria do dia a dia, muitos lavam suas peças íntimas na máquina ajustada no modo rápido, o que pode ser prejudicial à saúde se o tecido estiver com manchas e os porquês já foram explicados. Nesse caso, é preferível que se lave cuecas e calcinhas no tanque e à mão, esfregando delicadamente e com atenção à área que fica em contato com a parte íntima.

• Lavar sem estar do avesso

Na máquina, para uma lavagem ainda mais eficiente, também vale colocar as peças íntimas viradas do lado avesso, assim ficando mais sujeito aos efeitos da fricção. Dessa forma, também se evita o desbotamento e o aparecimento de bolinhas na parte apresentável, de fora, das peças, e o risco elevado de enfeites, como laços e detalhes rendados, se deformarem ou caírem.

Fontes: Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo; Máira De Magalhães Mariano Astur, dermatologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Rodolfo Favaretto, urologista pela FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo); e Simone Carvalho, coordenadora de ginecologia e obstetrícia do Hospital Esperança, no Recife.