Topo

Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Patricia Perissinotto tratava câncer no cólon; quais são os sintomas?

Patricia e Andreas Kisser, do Sepultura, estavam casados desde 1995 - Reprodução/Instagram
Patricia e Andreas Kisser, do Sepultura, estavam casados desde 1995 Imagem: Reprodução/Instagram

De VivaBem*, em São Paulo

03/07/2022 16h00

Patricia Perissinotto, mulher de Andreas Kisser, do Sepultura, morreu hoje, aos 52 anos. A produtora e empresária tratava um câncer no colón. Ao anunciar a notícia, ele relembrou sua história com a companheira, com quem começou o relacionamento em 1990, elogiando Patrícia como "mãe, filha, amiga e companhia" e sua força após o diagnóstico do tumor.

"Esse foi o último post do amor da minha vida, Pat Kisser, no dia dos namorados e passando pelo pior momento das nossas vidas. Eu só tenho a agradecer pelo privilégio de ter tido a Patrícia na minha vida. Minha namorada, minha esposa e minha melhor amiga!", contou Andreas, compartilhando uma foto de um colar da mulher, com um pingente com fotos dos dois na juventude.

"Meu norte, minha inspiração e a melhor experiência da vida. Como eu aprendi com você, como eu melhorei com você, como eu cresci. Desde 1990, quando demos o primeiro beijo no meio de uma rua em Mogi das Cruzes onde você fazia a faculdade de Medicina, nunca mais nos separamos", escreveu.

Terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil

O tipo de tumor que Patrícia tratava faz parte do câncer de intestino, que abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (chamada cólon), no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Por isso, é também conhecido como câncer de cólon (caso da empresária) e reto ou colorretal.

Segundo o instituto, é o terceiro tipo mais comum no Brasil. Os dados estimam o surgimento de mais de 40 mil novos casos por ano no país. A doença atinge indistintamente homens e mulheres.

O tumor surge no intestino grosso e no reto, e em 90% dos casos se origina a partir de um pólipo adenomatoso que, ao longo dos anos, passa por alterações progressivas em suas células. Por isso, a principal forma de prevenção do câncer colorretal é o rastreamento através de exames diagnósticos (como a colonoscopia), mirando a detecção e retiradas dos pólipos antes de se degenerarem em câncer.

Quais são os sintomas?

Na maioria dos casos, esse câncer colorretal é assintomático no início. À medida que progride, podem surgir manifestações como:

  • Presença de sangue ou muco nas fezes
  • Fezes escuras ou em forma de fita
  • Anemia
  • Cólicas abdominais
  • Dores ou sangramento ao evacuar
  • Mudança no hábito intestinal (a pessoa começa a ter diarreia ou prisão de ventre que não passam e não têm causa aparente)
  • Sensação que o intestino não esvaziou após evacuar
  • Sensação de empachamento
  • Perda de peso inexplicável
  • Cansaço e fadiga constantes

Lembre-se que todos esses sintomas também podem estar relacionados a outras condições. Por isso, é ideal procurar um médico.

Prevenção

Alguns hábitos saudáveis serve como medidas de prevenção, entre eles: evitar o tabagismo e o uso de bebidas alcoólicas, praticar atividade física com regularidade; ter uma alimentação rica em fibras e livre de alimentos ultraprocessados e açúcares, e com ingestão reduzida de carnes vermelhas.

O câncer colorretal tem cura e as chances são inteiramente relacionadas à fase em que o tumor é diagnosticado, e a probabilidade pode variar de 10% a 95%. Segundo o Radar do Câncer, 75% dos casos diagnosticados em 2021 foram em fases mais avançadas da doença. Após o tratamento, é indispensável o monitoramento para eventuais reincidências de forma precoce.

* Com informações de reportagens publicadas em 02/10/2018 e 26/03/2022.