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O que se sabe até agora sobre eficácia das vacinas contra a ômicron

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

16/12/2021 16h58

Com o surgimento da variante ômicron, muitas pessoas estão preocupadas se as vacinas contra o coronavírus ainda vão oferecer uma boa proteção. No entanto, vale ressaltar que ainda não existem tantos estudos que cheguem a uma conclusão definitiva.

Alguns representantes de laboratórios afirmaram, inclusive, que estão desenvolvendo versões atualizadas de seus imunizantes —caso de Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen.

Veja o que se sabe sobre eficácia das vacinas contra a ômicron

Vacinas são importantes e essenciais para combater a pandemia. O que se sabe é que os imunizantes como os de Pfizer, AstraZeneca e Janssen, que injetam a proteína spike no organismo humano para ensiná-lo a combater o coronavírus, podem não ser ideais para a defesa contra a nova variante ômicron, que tem mutações justamente nessa proteína, dizem especialistas. Mas isso não significa que essas vacinas oferecerão proteção zero. Elas continuam sendo fundamentais.

Já a CoronaVac, que é uma vacina de tipo tradicional, feita a partir do vírus inteiro inativado da Sars-CoV-2, pode apresentar vantagem com relação às demais, já que ela ensina o sistema imune a combater o vírus inteiro, e não apenas a proteína spike.

  • Pfizer

Um estudo feito com a vacina da Pfizer mostrou que ela é menos efetiva contra internação pela ômicron. De acordo com os dados, as duas doses do imunizante proporcionaram 70% de proteção contra hospitalização na África do Sul.

Isto representa uma queda em relação aos 80% de proteção contra infecções, que é comparável aos 93% de eficácia contra internações hospitalares durante o surto sul-africano da delta. Os pesquisadores alertam que as descobertas são consideradas preliminares.

  • AstraZeneca e Janssen

Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram os resultados de um estudo, sem revisão por outros cientistas, no qual analisaram amostras de sangue de participantes que receberam doses da AstraZeneca-Oxford ou da Pfizer-BioNTech, em um estudo amplo que analisou misturas de vacinas.

A conclusão é que duas doses das duas vacinas citadas não induzem anticorpos neutralizadores suficientes contra a variante ômicron. No entanto, o estudo disse que isso não significa que poderia aumentar o risco de doenças graves, hospitalizações ou morte naqueles que receberam duas doses de vacinas aprovadas.

Um outro artigo, também sem revisão por pares, envolvendo AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Moderna, mostrou que todos os imunizantes são menos eficazes contra a nova variante, mas ainda geram alguma proteção. Eles incluíram indivíduos que foram vacinados recentemente ou tomaram recentemente doses de reforço, e também tiveram infecção prévia de Sars-CoV-2.

  • CoronaVac

Duas doses da CoronaVac induziram níveis "inadequados" de proteção contra a variante ômicron do coronavírus, indicaram resultados preliminares de um estudo conduzido pela Universidade de Hong Kong, na China.

Os pesquisadores recomendaram que o público receba uma terceira dose da vacina, enquanto novos ensaios são realizados para verificar a eficácia do profilático. Inclusive, cientistas informaram que uma nova versão da vacina CoronaVac efetiva contra a variante ômicron do Sars-CoV-2 pode estar disponível em até três meses.

Terceira dose pode ajudar?

Sim. A proteção que você adquire após a terceira dose é maior, mais ampla e mais memorável do que você tinha antes. Um dose de reforço não é apenas mais do mesmo para o sistema imunológico.

Portanto, enquanto a ômicron está tentando se distanciar de nosso sistema imunológico, cada dose de vacina e, de fato, cada infecção está dando às defesas de nosso corpo mais ferramentas para combatê-lo.