Covid: Com 388 novas mortes, média móvel se mantém acima de 900 no Brasil
O Brasil manteve a média móvel de mortes por covid-19 acima de 900 pelo segundo dia consecutivo. Hoje, a média ficou em 902 óbitos — ontem, foram 949. Ao todo, 563.200 pessoas perderam suas vidas para o novo coronavírus no país.
Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
No entanto, o país segue há nove dias com a média de mortes abaixo de mil após 191 dias seguidos acima dessa faixa. Em 2020, o tempo máximo foram 31 dias.
Também foram registrados 13.691 novos casos da doença provocada pelo coronavírus em 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram registrados 20.162.837 diagnósticos positivos da doença.
Quinze estados registraram tendência de queda na média móvel de mortes, enquanto outros cinco tiveram estabilidade. Distrito Federal, Amapá, Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás e Mato Grosso seguem em aceleração.
Em relação às regiões do país, nenhuma está em aceleração. Centro-Oeste (15%), Norte (-2%) e Nordeste (9%) estão em estabilidade; já o Sul (-25%) e Sudeste (-24%) seguem em tendência de queda dos indicadores.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (2%)
- Minas Gerais: queda (-20%)
- Rio de Janeiro: queda (-21%)
- São Paulo: queda (-28%)
Região Norte
- Acre: queda (-78%)
- Amazonas: estável (8%)
- Amapá: aceleração (21%)
- Pará: estável (-1%)
- Rondônia: estável (7%)
- Roraima: aceleração (100%)
- Tocantins: queda (-28%)
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: queda (-32%)
- Ceará: aceleração (16%)
- Maranhão: queda (-16%)
- Paraíba: estável (5%)
- Pernambuco: queda (-28%)
- Piauí: queda (-40%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (100%)
- Sergipe: queda (-31%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (22%)
- Goiás: aceleração (28%)
- Mato Grosso: aceleração (20%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-26%)
Região Sul
- Paraná: queda (-18%)
- Rio Grande do Sul: queda (-41%)
- Santa Catarina: queda (-18%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil notificou 399 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou um total de 563.151 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 13.893 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 20.165.672 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 18.907.243 pessoas se recuperaram da doença até agora, com outras 695.278 em acompanhamento.
Critérios de distribuição deixam Norte e Nordeste atrás em vacinação
Os critérios adotados pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) para a distribuição de doses das vacinas contra a covid-19 pelo país levaram os estados do Norte e do Nordeste a receberem menos imunizantes em relação ao tamanho de suas populações, o que os deixou para trás no percentual de pessoas vacinadas com primeira e segunda doses até o momento.
O UOL cruzou dados oficiais do Ministério da Saúde sobre as doses enviadas até 2 de agosto com a população das 27 unidades da federação e encontrou uma grande disparidade: o líder, São Paulo, recebeu 57% mais doses do que o Amapá, em último no ranking, por exemplo.
Segundo os dados, até o dia 2, São Paulo recebeu pouco mais de 46 milhões de doses, ou o equivalente a 1,04 para cada habitante. Já o Amapá teve direito a 861 mil, ou apenas 0,66 por morador.
Com mais doses em média, São Paulo já conseguiu imunizar 60,3% da população com a primeira dose, dez pontos percentuais a mais do que a média nacional. Já o Amapá tem apenas 36%. Os dados são do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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