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Estudo associa consumo de nozes com menor chance de demência

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Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

20/01/2021 10h49

Comer nozes a partir dos 40 anos pode diminuir as chances de ter demência à medida que envelhecemos, de acordo com uma nova pesquisa.

Mas antes que se conclua uma relação direta de causa e efeito, é importante ressaltar que o estudo, publicado no periódico Age and Aging no dia 18 de dezembro de 2020, mostrou apenas uma associação dos hábitos — outras variantes, como genética e mais hábitos de estilo de vida, além de alimentação saudável e prática de exercícios, também podem exercer um papel na proteção contra o quadro.

As castanhas e nozes possuem ácidos fenólicos e flavonoides, substância que já foi relacionada a um menor risco de demência por outras pesquisas.

Como o estudo foi feito

  • Pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura acompanharam quase 17 mil pessoas entre 1993 e 2016, avaliando primeiro suas dietas e, posteriormente, sua função cognitiva.
  • Os participantes que começaram a comer nozes aos 40 anos, duas vezes por semana ou mais, tinham menos probabilidade de ter problemas de memória quando tinham mais de 60 anos em comparação com aqueles que comiam nozes menos de cerca de uma vez por mês.
  • A pesquisa, também sugeriu que aqueles que comiam nozes uma vez por semana tiveram quase o mesmo benefício, já que eram 19% menos propensos a ter função cognitiva prejudicada em seus 60, 70 e 80 anos.

Dieta funciona para prevenir a demência?

Apesar de não haver provas concretas sobre a relação direta da prevenção de demência com o consumo de alimentos específicos, outros estudos também já sugeriram que uma alimentação balanceada é benéfica para prevenir o problema.

Em 2006, uma pesquisa feita pela Universidade Columbia, por exemplo, analisou 2,2 mil pessoas por quatro anos e sugeriu que a dieta mediterrânea pode reduzir os riscos de Alzheimer — o tipo mais comum de demência — em até 40%.

Esse tipo de dieta é rica em peixes, azeite, amêndoas, grãos integrais, nozes, tomate e espinafre. Ela ajuda prevenir ou retardar a doença, porque os alimentos presentes nesse plano alimentar contêm ômega-3, que atua no cérebro, melhorando a concentração, a memória, o aprendizado, a motivação, o humor e a velocidade de reação. Além de vitaminas, sais minerais e substâncias antioxidantes, que protegem as células sadias do organismo da ação oxidante dos radicais livres (moléculas responsáveis pelo envelhecimento).