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São Paulo anuncia início de testes de vacina no dia 20 de julho

De Viva Bem, em São Paulo*

06/07/2020 12h54

O governo de São Paulo anunciou hoje que os testes da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, vão começar no dia 20 de julho. Os voluntários, obrigatoriamente profissionais da saúde, podem se inscrever a partir da próxima segunda-feira (13).

"É um passo importante na vida do país e na vida e saúde de milhões de brasileiros. Torcemos também para que a vacina de Oxford produza resultado e possa ser produzida para termos duas vacinas em condição de imunização de milhões de brasileiros", disse o governador João Doria (PSDB) durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O estudo recebeu o nome de Profiscov. Estão aptos a se inscreverem os profissionais de saúde que trabalham no atendimento a pacientes com covid-19. Para isso, eles precisam preencher alguns critérios.

  • Não ter infecção prévia por SARS-CoV-2;
  • Não participar de outros estudos;
  • Não estar grávida ou planejar engravidar nos primeiros três meses de estudo;
  • Não ter doenças instáveis, que afetem a resposta imune ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune;
  • Não ter outras alterações que impeçam o cumprimento dos procedimentos de estudo (alterações mentais, distúrbios de coagulação, etc).

Até sexta-feira desta semana, o Instituto Butantan vai divulgar o material de recrutamento e um aplicativo de smartphone capaz de identificar se o profissional de saúde está dentro dos critérios estabelecidos.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou na última sexta-feira (3) a realização de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Sinovac.

A vacina CoronaVac, produzida a partir de cepas inativadas do novo coronavírus, está na terceira fase de testes, quando a vacina já pode ser administrada a um número maior de pessoas. O estudo clínico envolverá 9 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal. Parte delas receberá a vacina e outro grupo deve receber um placebo, sem efeito. O objetivo é verificar se há o estímulo à produção de anticorpos para proteção contra o vírus.

O custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões e prevê a transferência de tecnologia para que a vacina chinesa possa ser produzida no Brasil. Esta é a segunda vacina a receber autorização para testes no Brasil. Em junho, a Anvisa liberou a realização de ensaios clínicos de uma vacina produzida na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

*Com informações da Agência Estado.