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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Tratamento oncológico requer cuidados especiais em pacientes com covid-19

Quimioterapia e radioterapia diminuem a imunidade e podem ser interrompidas provisoriamente apenas com orientação médica  - iStock
Quimioterapia e radioterapia diminuem a imunidade e podem ser interrompidas provisoriamente apenas com orientação médica Imagem: iStock

Tiago Varella

Agência Einstein

12/05/2020 09h47

Com a chegada do novo coronavírus (SARS-CoV-2), os pacientes oncológicos entraram para a lista dos grupos de risco. O motivo de estarem mais suscetíveis a desenvolver a forma mais grave da infecção está relacionado à queda da imunidade por causa da quimioterapia, da radioterapia e do uso de corticoides. Mas, se forem contaminados pelo vírus, esses pacientes devem ou não manter o tratamento contra o câncer?

De acordo com o oncologista Orez Smaletz, do Hospital Israelita Albert Einstein, o paciente deve avaliar com seu médico a melhor conduta. "A quimioterapia e a radioterapia são suspensas temporariamente na maioria dos casos para que o sistema imunológico dos pacientes esteja fortalecido para combater a covid-19, mas o médico deve avaliar cada caso individualmente", orienta.

As cirurgias também devem ser postergadas até que o paciente se recupere, caso tenha sido infectado, mas os recursos terapêuticos de baixa complexidade, como o uso de medicamentos orais, devem ser mantidos porque podem ser feitos em casa.

O tratamento contra o novo coronavírus em pacientes oncológicos é o de suporte, o mesmo que é recomendado para todos os infectados pelo vírus. Se os sintomas forem leves, pode-se permanecer em casa, mas, se forem graves, deve-se procurar por um atendimento médico no hospital. "Nessas situações, as regras de precaução precisam ser seguidas à risca, como o uso de máscara, higienização das mãos, tratamento feito em um ambiente hospitalar seguro, em um local livre do coronavírus e com estrutura favorecida", alerta o oncologista. "As terapias contra o câncer não devem ser interrompidas sem haver uma consulta prévia ao médico. É o especialista que vai avaliar a melhor decisão a ser tomada para manter o bem-estar e resguardar a saúde dos pacientes", complementa.