Seguir uma dieta rica em vegetais reduz 23% o risco de ter diabetes tipo 2

Há uma relação importante entre o diabetes tipo 2 e a dieta. Estudos já mostraram que, além de a alimentação ser um fator de risco, ela também faz parte do tratamento para a condição. Agora, uma nova pesquisa mostrou que os ingredientes presentes nas refeições do dia a dia ainda podem reduzir —e muito— o risco de ter diabetes.
Publicada no periódico Jama Internal Medicine na segunda-feira (22), a análise mostrou que seguir uma dieta baseada em plantas, como frutas, vegetais, oleaginosas (castanhas, amêndoas e nozes) e legumes, diminui 23% a chance de desenvolver o quadro.
Como o estudo foi feito
- Ao todo, os pesquisadores da Harvard T. H. Chan School of Public Health em Boston, nos Estados Unidos, analisaram 9 estudos, com mais de 307 mil participantes e 23.544 casos de diabetes tipo 2.
- Quando compararam a alimentação dos participantes com a incidência da condição, descobriram que dietas baseadas em plantas diminuíam o risco.
Por que os vegetais protegem o corpo do diabetes?
De acordo com os cientistas, dietas baseadas em vegetais enfatizam frutas, legumes, nozes, legumes e grãos integrais, que contêm fibras, vitaminas e minerais, antioxidantes, compostos fenólicos e ácidos graxos insaturados. "Ensaios clínicos e estudos observacionais mostraram que esses alimentos melhoram a sensibilidade à insulina e a pressão arterial, reduzem o ganho de peso a longo prazo e melhoram a inflamação sistêmica, envolvidas na causa do diabetes tipo 2", escreveram os autores no estudo.
Segundo eles, estudos futuros ainda são necessários para esclarecer outras vias, como interações com a microbiota intestinal, que podem ser responsáveis pelas associações benéficas observadas para dietas baseadas em plantas e risco de diabetes tipo 2, além da influência desse tipo de dieta com o risco de outras doenças.
O que comer?
O vegetarianismo e o veganismo foram citados no estudo como poderosos protetores da doença. "O consumo de um padrão alimentar equilibrado baseado em plantas, com a inclusão de alimentos fortificados e o uso de suplementos alimentares, pode ajudar as pessoas que praticam uma dieta vegana ou vegetariana a satisfazer suas necessidades", dizem os cientistas.
De acordo com eles, a associação observada na análise sugere que, em populações gerais que não praticam dietas vegetarianas ou veganas estritas, a substituição de produtos de origem animal por alimentos vegetais saudáveis provavelmente exercerá uma redução significativa no risco de diabetes.
No entanto, apesar de a dieta analisada ser baseada em plantas, ela não necessariamente precisa ser feita estritamente delas. Estudos analisados também observaram que o consumo modesto de aves, peixes e laticínios, no contexto de uma dieta predominantemente baseada em vegetais, dificilmente resultará em consequências adversas à saúde.
A maioria dos participantes inclusive consumiam carne. "Em todos os estudos incluídos em nossa metanálise, a categoria mais alta de adesão aos padrões alimentares baseados em plantas ainda incluía uma quantidade significativa de alimentos de origem animal", escrevem os pesquisadores. "Se a redução adicional em alimentos de origem animal, em um padrão alimentar baseado em plantas, exerce benefícios adicionais para a saúde, merece estudos adicionais", concluem eles.
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