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Quer deixar de comer hambúrguer? A chave é saber quantas calorias ele tem

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Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

22/12/2018 04h00

Milagres acontecem. Um novo estudo descobriu como deixar um hambúrguer menos apetitoso: basta ver imagens dele com informações calóricas.

De acordo com a pesquisa, publicada no periódico Plos One, ver fotos de alimentos com dados de calorias não só reduz a vontade de comê-los, mas também parece mudar a maneira como o cérebro responde à comida.

Para o estudo, 42 estudantes de graduação com idade de 18 a 22 anos viram 180 imagens de alimentos sem informações calóricas. Em seguida, as mesmas imagens foram vistas, mas dessa vez com informações de quantas calorias cada alimento tinha. Os voluntários foram solicitados a avaliarem seu desejo de comer os alimentos ao mesmo tempo em que exames de ressonância magnética eram realizados.

Entre as fotos que os estudantes tinham que ver estavam imagens de hambúrgueres, batata frita e cheesecake de cereja.

Os resultados mostraram que todos os voluntários classificaram alimentos com alto teor calórico como menos apetitosos. Entretanto, esse efeito foi mais forte entre os participantes que faziam dieta.

Além disso, os pesquisadores analisaram as respostas em duas regiões cerebrais que motivam o comportamento alimentar. Quando imagens de alimentos apareceram com o conteúdo de calorias, o cérebro mostrou ativação diminuída do sistema de recompensa e ativação aumentada no sistema de controle. Em outras palavras, os alimentos que você poderia estar inclinado a comer tornaram-se menos desejáveis ​​uma vez que o conteúdo de calorias fosse exibido.

Entretanto, as pessoas que faziam dieta mostraram padrões de ativação semelhantes tanto para alimentos com o rótulo quanto para os que não tinham a informação. Esse dado sugere que quem faz dieta pode considerar informações sobre calorias mesmo quando não elas não estão explicitamente visíveis e se baseiam em pesquisas anteriores, sugerindo que a presença de sinais de saúde pode levar a decisões alimentares mais saudáveis.

"Para motivar as pessoas a fazer escolhas alimentares mais saudáveis, são necessárias mudanças políticas que incorporem não apenas informação nutricional, incluindo conteúdo calórico, mas também um componente de educação pública, que reforce os benefícios a longo prazo de uma dieta saudável", reflete Kristina Rapuano, coautora do estudo e pós-doutoranda no Laboratório de Fundamentos do Adolescente na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.

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