Entenda como o estresse pode prejudicar o seu emagrecimento
Todo mundo conhece bem a fórmula para perder peso: fechar a boca e fazer exercícios para gastar mais calorias do que ingere. Mas, na prática, isso não é tão simples quanto parece, pois vários aspectos podem influenciar no resultado dessa conta, e o estresse é um deles.
Hoje, a maioria das pessoas tem uma rotina agitada, cheia de compromissos, prazos apertados no trabalho e muita ansiedade porque não sabe se vai dar conta de tudo. Não é raro quem vive assim se sentar à mesa e devorarem tudo o que tem pela frente, sem conseguir se concentrar no que está comendo e nem perceber os sinais do corpo de que ele já está satisfeito.
Além disso, entre as refeições, a pessoa acaba mastigando alguma coisa, normalmente não muito saudável, na frente do computador ou dentro do carro, como forma de aliviar toda a tensão. Aí, não tem jeito: a dieta vai para o espaço --assim como o peso na balança.
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“Em muitos indivíduos, a somatória de sentimentos negativos vivenciados no dia a dia acaba sendo descontada na comida, podendo, inclusive, gerar compulsão alimentar”, explica Marina Weisshaupt, master coach do Instituto Lerner, em São Paulo, que tem foco em saúde e qualidade de vida.
Segundo ela, para piorar o quadro, esse processo leva o indivíduo a fortalecer as crenças negativas e as atitudes que atrapalham o seu emagrecimento. “Por exemplo: se você está fazendo dieta com restrição calórica e acredita que se trata de algo árduo para ser realizado, depois de um dia estressante no trabalho acaba encarando a comida como uma fonte de prazer, uma recompensa para as dificuldades enfrentadas." Isso tende a virar um ciclo sem fim: você faz dieta, falha e supera a frustração comendo mais.
O estresse gera alterações metabólicas
Além de prejudicar suas emoções e o modo como você se alimenta no dia a dia, o estressa altera a produção de substâncias no organismo que prejudicam a perda de peso.
Segundo Mario Kedhi Carra, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), quando vivemos tensos a adrenalina e o cortisol são liberados em quantidades elevadas na corrente sanguínea. Quando constante, isso leva à redução do gasto calórico, ao aumento dos estoques de gordura --em especial na região da barriga -- e coloca a saúde em risco, elevando o risco de diabetes e a pressão alta dar as caras, além de comprometer o funcionamento do sistema imunológico.
E quando a ameaça parece contornada, o organismo pede uma recompensa que na maioria dos casos vem em forma de alimentos engordativos, piorando ainda mais a situação.
Combata esse ciclo vicioso
Investir em algumas alterações no cotidiano pode ajudar você a lidar com os prejuízos na balança trazidos pelo estresse. O primeiro passo é se concentrar na hora da refeição. Nada de ficar na frente da televisão, do computador, mexendo no celular ou conversando sobre os problemas de trabalho.
O ideal é focar no que está comendo e mastigar muito bem cada garfada, prestando atenção no que isso está desencadeando no organismo, para notar quando chegou a hora de parar. Existem ainda alimentos que ajudam a controlar os nervos: a alface combate a tensão; a maçã e o maracujá são aliados contra a ansiedade; o abacate favorece o bom humor; e o pimentão é bom contra a irritabilidade.
E por mais que possa parecer complicado reservar um tempinho na agenda para praticar atividades físicas, isso é importantíssimo. Além de dar um gás no metabolismo e no gasto calórico, suar a camisa proporciona bem-estar e minimiza o estresse e a ansiedade.
Se a tensão no dia a dia for muito constante, intensa e você não conseguir encarar tudo isso sozinho, uma ajuda profissional pode ser bem-vinda. “O tratamento do estresse é multidisciplinar e quando ele envolve alterações no peso, um nutricionista, um endocrinologista e até mesmo um psiquiatra podem entrar em cena para procurar meios para ajudar o paciente”, afirma Mario Kedhi Carra.
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