Cientista cria dispositivo cerebral que pode ajudar pessoas com Alzheimer
Dong Song, um professor de pesquisa de engenharia biomédica da Universidade do Sul da Califórnia (USC) construiu um implante cerebral que pode melhorar a memória humana de curto prazo em 15% e a memória de trabalho em 25%. A boa notícia é que o dispositivo poderia ajudar pessoas impactadas por doença de Alzheimer e demência.
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De acordo com o New Scientist, o dispositivo é o primeiro a efetivamente melhorar a memória humana. Para testar o implante, a equipe do professor contou com a ajuda de 20 voluntários, que tiveram o dispositivo implantado no cérebro, coletando dados sobre a atividade cerebral durante testes projetados para estimular a memória de curto prazo ou a de trabalho.
Os pesquisadores determinaram, então, o padrão associado ao ótimo desempenho da memória e usaram os eletrodos do dispositivo para estimularem o cérebro, que seguiu o mesmo padrão durante testes posteriores.
Com base nessas pesquisas, esse estímulo melhorou a memória de curto prazo em cerca de 15% e a memória de trabalho em cerca de 25%. Quando os pesquisadores estimularam o cérebro aleatoriamente, o desempenho piorou. "Estamos escrevendo o código neural para melhorar a função da memória. Isso nunca foi feito antes", disse Song ao New Scientist.
Problema crescente
Embora uma memória melhor possa ser útil para estudantes que estão em época de provas ou para aqueles de nós com alguma dificuldade em lembrar nomes, isso pode significar uma mudança de vida para pessoas afetadas pela demência e pela doença de Alzheimer.
A idade é um fator de maior risco para a doença, de acordo com a Alzheimer's Association. A grande maioria dos pacientes possui mais de 65 anos. Com os avanços na medicina e nos cuidados com a saúde aumentando continuamente nosso tempo de vida, esse segmento da população está crescendo dramaticamente e, até 2030, espera-se que 20% dos cidadãos dos EUA tenham mais de 65 anos.
Obviamente que é necessário um teste adicional antes que o dispositivo de Song possa ser aprovado como tratamento para demência ou doença de Alzheimer, mas se for capaz de ajudar esses pacientes a recuperarem parte de sua função de memória perdida, o impacto será sentido não apenas pelos próprios pacientes, mas por seus familiares e até mesmo a economia em geral.
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