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Dia do Idoso: 5 dicas para envelhecer bem por Zezé Motta, aos 77 anos

Mariama Prieto/Divulgação
Imagem: Mariama Prieto/Divulgação

Colunista do UOL

01/10/2021 04h00

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Há alguns dias vi essa foto abaixo no perfil do Instagram da Zezé Motta e pensei: se pudesse escolher como chegar aos 77 anos, taí uma inspiração e tanto. Não falo aqui apenas de beleza (que Zezé sempre teve de sobra). Mas de uma vitalidade, de um sorriso largo e de uma potência que definitivamente estão longe da imagem que eu tinha dos meus pais e avós nessa idade. Atriz e cantora soma 54 anos de carreira, 14 discos, 35 novelas e mais de 55 filmes. Está trabalhando em dois filmes e se prepara para mais duas séries.

Hoje é Dia do Idoso, que no Brasil inclui as pessoas com mais de 60 anos. E em todo o mundo, o conceito do que é ser idoso está mudando radicalmente. Zezé é um exemplo dessa transformação. Hoje, já há 28 milhões de idosos no Brasil e até 2031 a expectativa é que o número chegue a 43 milhões. O País precisa urgente de políticas para acomodar as necessidades dessa população crescente. Vamos todos chegar lá (afinal, a outra alternativa é não viver até lá) e por isso é sempre tempo de começar a cuidar de como queremos estar.

Inspirados pela atriz, a gente certamente pode chegar aos 70, 80, 90, vivendo a vida plenamente, como deveria ser. Com saúde, mobilidade, produzindo, amando, fazendo o que gosta. Fiz uma compilação aqui dos hábitos que Zezé já declarou que a ajudam a estar tão bem:

Fazer as pazes com a idade
"Eu tive a crise dos 40, dos 50, dos 60. Me afetava quando as pessoas diziam: nossa você tinha um corpão quando era jovem. Depois cheguei aos 70 e cansei. A partir daí mais nenhum comentário me atingia. Vou ficar sofrendo porque estou com 70 anos? Estou viva, com saúde, produzindo! Mel penso na idade que tenho."

Não ter medo da Menopausa
"Quando chegou a menopausa, rolou uma certa tensão porque existe todo um mito de que você não vai ser a mesma mulher de antes. Não vai mais ter prazer. Mas isso é tudo mentira. Continuo namoradeira. A reposição hormonal é interessante, sim, para nós mulheres"

Cuidar da dieta e fazer exercícios
"Eu me cuido, com muito carinho. Uso muito creme, do dedão do pé aos fios de cabelo. E cuido muito da minha alimentação, faço caminhadas, adoro! Na minha família as mulheres tem tendência a ganhar peso com a idade, por isso me cuido muito. E não é pela estética, é uma questão de saúde. Com o tempo eu tive que mudar a minha alimentação. Eu fui criada comendo toucinho com farinha, isso não me faria bem hoje. Bebo muita água também"

Chegar antes da doença
"Eu sei que parece exagerado, mas na minha idade eu faço dois checkups por ano. Assim se a gente vê que alguma coisinha não está indo bem já trata, já resolve, não espera virar um problemão."

Celebrar o passado, mas viver no presente
"Chegar em uma certa idade é algo vitorioso, mas é também ficar órfão. Órfão de amigos da infância, de colegas do ginásio colegial, do curso de teatro, do inglês, órfão de lugares que você frequentou, órfão de um mundo e de uma geração inteira que você viu e que não existe mais. Não estou falando de saudosismo e nem deixando de encarar o novo - sou uma mulher moderna, tá? -, as evoluções, o século 21. Saúdo a praticidade, a tecnologia e tudo de novo e melhor que a vida nos apresenta".

Zezé estará na noite desta sexta-feira discutindo justamente o envelhecer no especial da Globo "Falas da Vida". Ela também passou a assinar uma coluna sobre o tema na revista Vogue. Ou seja, vamos ter muita Zezé para nos inspirar sobre envelhecer lindamente por aí.