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Botox ou preenchimento com ácido hialurônico: qual a diferença e como usar?

Botox ou ácido hialurônico: entenda como cada método deve ser usado - Getty Images/iStockphoto
Botox ou ácido hialurônico: entenda como cada método deve ser usado Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

26/01/2023 04h00

Não param de surgir novidades em tratamentos dermatológicos para combater o envelhecimento. Mas dois tratamentos, aplicados com uma simples seringa, continuam entre os queridinhos de médicos e pacientes. São eles: a toxina botulínica —popularmente chamada de Botox— e o preenchimento com Ácido Hialurônico (AH).

Ambos são conhecidos por sua eficácia em

  • amenizar rugas,
  • prevenir sinais profundos,
  • repor o volume perdido com o tempo,
  • combater flacidez e
  • aumentar os lábios.

Diferença básica

Por serem dois procedimentos injetáveis, a confusão mais frequente é achar que o mecanismo de ação da toxina botulínica e do preenchimento é o mesmo, mas não é.

O Botox age paralisando o músculo, impedindo a movimentação e, consequentemente, impedindo a contração muscular que forma a ruga. Para as rugas que já existem, esse relaxamento da musculatura suaviza os vincos.

Já a aplicação de AH repõe o volume perdido de determinadas áreas da face e melhora visivelmente o contorno do rosto, atuando, por consequência, na redução da flacidez.

Na prática, é assim que funciona: a toxina botulínica traz naturalidade e um ar descansado ao rosto, amenizando rugas existentes e prevenindo futuras marcas. Já o preenchimento com AH age dando volume à pele.

Em qual área aplicar cada?

A toxina trata todas as rugas dinâmicas —aquelas que aparecem quando estamos franzindo a testa ou sorrindo— e tem o poder de levantar a região das sobrancelhas ou diminuir a sobra de pele da pálpebra superior, efeitos que rejuvenescem o olhar. Alguns exemplos:

  • rugas entre as sobrancelhas (glabela);
  • linhas ao redor dos olhos (pés de galinha) e da boca;
  • rugas da testa e do queixo;
  • vincos verticais do pescoço
  • linhas que se formam no colo.

Já o ácido hialurônico pode ser aplicado em

  • dorso do nariz para eliminar marquinhas;
  • nas maçãs do rosto, aumentando o tônus e o volume da região;
  • nas rugas em volta da boca e nos cantos da boca;
  • na região da mandíbula e das têmporas;
  • nos lábios, repondo volume e amenizando o aspecto de boca muito fina;
  • nas áreas de sombra do rosto (abaixo do nariz, olheiras, base da sobrancelha e área entre a narina e o canto da boca)

Segredo do bom resultado

Como em todo tratamento estético, o segredo do sucesso é o bom senso estético do médico e a cautela na quantidade de produto.

Entre os maiores riscos da toxina botulínica, estão o exagero na dosagem e a aplicação em regiões erradas, que pode resultar em pálpebra caída; efeito "máscara", de congelamento das feições, e em assimetria, isto é, um lado ficar diferente do outro.

Como o ácido hialurônico pode ser aplicado em três densidades —alta, média e baixa—, além de uma análise rigorosa das regiões necessitadas de preenchimento, fazer a escolha certa do tipo de produto é crucial.

Por exemplo: um vinco nasogeniano [área entre nariz e boca] muito pronunciado é preenchido com AH de média densidade, mas para a sustentação das bochechas se deve utilizar AH de alta densidade.

Outro cuidado importante para manter a naturalidade é aplicar em menores quantidades e em mais sessões, para que o efeito seja gradativo, evitando, assim, o risco de um resultado exagerado.

Prevenção de novos sinais

Neste ponto, os dois procedimentos são bem parecidos. O Botox tem alto poder preventivo, já que a paralisação muscular que ela provoca impede a contração da região, evitando assim a formação de novas rugas.

Já o ácido hialurônico de baixa densidade tem alto poder de hidratar a cútis e estimular o colágeno —dois mecanismos potentes para prevenir sinais da idade.

Fontes: dermatologistas Marcelo Bellini e Mônica Aribi, ambos de São Paulo.